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    ILUSTRAÇÃO: ANDRÉS SANDOVAL_2016

esquina

Uma outra Dilma

A candidata com apenas dois votos

Tiago Coelho | Edição 122, Novembro 2016

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Dilma abriu mão da vida pública há poucos meses – e contra a sua vontade. No fim de outubro, encontrei-a em seu escritório e logo indaguei se preferia que a tratasse de presidente ou presidenta. “Presidente, claro. Sei que presidenta está correto, mas não soa bem”, respondeu, empertigada, atrás de uma grande mesa de vidro. Em seguida, pôs-se a explicar por que teve só dois votos nas últimas eleições municipais.

Loura, baixinha, pragmática e sem papas na língua, a Dilma em questão se chama Dilma Lessa. Ela almejava o cargo de vereadora no Rio de Janeiro, onde nasceu e mora há 59 anos. Nunca exerceu funções políticas, mas é presidente, sim – numa empresa de sinalização e segurança industriais, localizada num modesto prédio do Méier, bairro da Zona Norte. A Dilma do subúrbio sempre implicou com o nome escolhido pelos pais. Uma birra que se transformou em desconforto quando a Dilma de Brasília ascendeu à Presidência da República e, mais ainda, quando amargou a ruidosa crise que culminou no impeachment.

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