A Vox é um site de jornalismo de contexto que explica com riqueza de detalhes os grandes temas em pauta na imprensa. A equipe acredita que é possível tornar algo interessante e compreensível para o público, independente do tema. Para os “leitores digerirem melhor as notícias”, o site promete histórias com gráficos, vídeos, visualizações, perguntas e respostas, os tradicionais artigos, entre outros. Os fundadores do site, Ezra Klein, Melissa Bell e Dylan Matthews, anunciaram em janeiro deste ano que sairiam do Washington Post para criar um novo projeto, o Projeto X, como chamaram na época. Poucos dias depois, fecharam um acordo com o Vox Media para lançar o site em parceria com o grupo. Em abril, o Vox já estava no ar. Foram nove semanas apenas de preparação.
O Vox Media congrega os sites SB Nation (esportes), The Verge (tecnologia),Polygon (games),Curbed (decoração),Eater (comida) eRacked (vendas online). Oé o site mais recente do grupo, lançado em 6 de abril de 2014. Os principais investidores do Vox Media são Accel Partners, Comcast Ventures e Khosla Ventures.
Max Fisher é diretor de conteúdo do Vox. Anteriormente, trabalhou como editor de internacional no Washington Post e no Atlantic. É formado em língua inglesa pelo College of William & Mary e mestre em segurança global pela Universidade Johns Hopkins.
Fisher tem escrito sobre o Isis, sigla para Islamic State of Iraq and Syria, chamado por aqui de Estado Islâmico (EI), a relação Rússia–Ucrânia, o conflito Israel–Palestina e os protestos em Hong Kong. Costuma publicar dois ou três artigos por dia no Vox. Em alguns textos, criticou a generalização comumente feita de que todos os muçulmanos são violentos, sem pensar que cinco dos doze últimos ganhadores do Prêmio Nobel da Paz são muçulmanos. Questionou também a islamofobia na mídia americana e, principalmente, na televisão. Ele usa como um dos exemplos o programa Real Time with Bill Maher, da HBO. Segundo ele, não há representante dos muçulmanos no episódio, ou seja, alguém para dar uma visão oposta a fim de equilibrar o debate.
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Em junho, Michael Lovitt, diretor de engenharia do Vox.com, escreveu um post detalhado sobre o processo de criação do site de jornalismo de contexto. O Vox.com levou nove semanas para ser planejado, desenhado, testado e lançado. No mesmo dia, o Nieman Lab, laboratório de jornalismo da Universidade Harvard, publicou uma análise do post, destacando as melhores passagens e acrescentando alguns links sobre a construção de outros sites semelhantes.
Em outubro, o Vox lançou o Vox Sentences, a newsletter do site. É um e-mail diário aos assinantes que faz um briefing dos assuntos mais importantes do dia. O diferencial da newsletter do Vox é que não se trata do modo tradicional de contar uma história, mas sim uma enumeração dos fatos principais da notícia. Drops do que você precisa saber, o jornalismo em atomic units. Outro ponto é que ele chega à noite. A ideia é pegar os leitores quando eles saem do trabalho no fim do dia.
O caso aponta também para o chamado “retorno aos e-mails”. O New York Times fez uma matéria recentemente falando sobre como muitos leitores estão cansados da quantidade de informação na internet e preferem receber só o essencial em sua inbox.
O Vox trabalhou para cobrir as eleições dos Estados Unidos em diversos formatos. O redator-chefe, Ezra Klein, apareceu num vídeo de quatro minutos para apontar cinco impressões sobre a conjuntura política. O jornalista também postou uma lista com nove conclusões do processo eleitoral deste ano. São vários os textos colocados no ar sobre os votos nos estados e seus candidatos, a cobertura da mídia e questões polêmicas, como a legalização da maconha. A equipe do Vox também montou gráficos para a cobertura, mostrando, por exemplo, o total gasto, em bilhões, nas eleições para o Congresso desde 1998.
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