Onúmero de acidentes em rodovias federais no Brasil vem caindo nos últimos anos. Em 2016, primeiro ano completo em que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) aplicou uma nova metodologia para a contagem de ocorrências, houve 96,4 mil acidentes nas estradas. Já em 2019, foram 67,4 mil casos. A frequência de acidentes graves, no entanto, aumentou. A cada 100 acidentes ocorridos no ano passado, 83 deixaram mortos ou feridos – em 2016, essa proporção foi de 62 a cada 100. E, pela primeira vez em sete anos, o número de mortos nas rodovias voltou a crescer: foram 5 332 mortes em 2019, uma taxa de 15 por dia. No ano anterior, haviam sido 14 mortes por dia. O =igualdades explica essa mudança no quadro geral dos acidentes, onde eles acontecem e por quais motivos.
O número de mortos em acidentes nas rodovias federais voltou a crescer em 2019, depois de sete anos em queda. Foram 5.332 mortes, média de 15 por dia. Em 2018, foram 5.269 mortos nas estradas, média de 14 por dia.
Embora o número de acidentes tenha continuado a cair em 2019, esse foi o ano com mais acidentes graves desde 2016 – primeiro ano em que a PRF adotou uma nova metodologia para a contagem de acidentes. Em 2016, a cada 100 acidentes, 62 deixaram mortos ou feridos. Em 2019, essa proporção foi de 83 a cada 100.
As 15 mortes diárias nas rodovias federais equivalem ao triplo de mortes por complicações de gravidez e parto (5 pessoas por dia); e a 15 vezes as mortes por dengue (1 por dia).
O estado com as rodovias mais letais é o Amazonas. A cada 100 acidentes com vítimas registrados lá em 2019, houve 26 mortes. Em Santa Catarina, estado com a menor letalidade, o saldo foi de 5 mortes a cada 100 acidentes.
A cada 10 mortes em acidentes nas regiões Norte e Nordeste, 4 envolveram motos. No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a cada 10 mortes em acidentes, 2 envolveram motos.
A principal causa de acidentes no Brasil é a falta de atenção, seja do condutor ou do pedestre. Houve 27 mil acidentes desse tipo nas rodovias federais em 2019, o que equivale a 4,5 vezes os acidentes causados por ingestão de álcool e outras drogas.
Nos últimos dez anos (2010 a 2019), 72,7 mil pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais. Isso é mais do que o número de pessoas que morreram afogadas na última década com dados disponíveis do SUS (54 mil pessoas, de 2008 a 2017). Ou seja: para cada 5 mortes por afogamentos, houve 7 mortes em acidentes.
Fontes: Confederação Nacional do Transporte (CNT), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Datasus.