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Ministérios da Educação e Economia concentram mais da metade dos cargos comissionados

Luigi Mazza e Renata Buono | 30 out 2020_18h28
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O Ministério da Educação é o que mais tem cargos comissionados no governo federal: em agosto deste ano, eram 9,4 mil vagas, preenchidas por livre indicação do gestor público, sem necessidade de concurso. O segundo ministério com maior população de servidores comissionados é a Economia, que contém, ao todo, 7,5 mil cargos desse tipo. Isso significa que, juntas, essas duas pastas concentram mais da metade do 32,1 mil servidores comissionados que hoje estão empregados no governo. O restante está distribuído entre os demais ministérios, o gabinete da Presidência da República e as autarquias federais.

Esse cálculo leva em conta todos os tipos de cargos comissionados, conforme listados no Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do governo. Cerca de um terço dessas vagas são os chamados cargos DAS, de “Direção e Assessoramento Superiores”. São cargos de confiança existentes em todos os ministérios, e que, por estarem sujeitos a nomeações de interesse político, têm alta rotatividade. Um estudo publicado recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, no período de 1999 a 2017, servidores DAS do governo federal permaneceram no cargo por apenas 25 meses, em média.

Ao todo, 127,7 mil servidores passaram por cargos DAS nesses quase vinte anos. Dessas milhares de pessoas, 30% deixaram a função antes de completar um ano no cargo. Apenas 20% chegaram a completar cinco anos, e uma minoria absoluta de 4% sobreviveu no cargo comissionado por uma década ou mais.

Fonte: Painel Estatístico de Pessoal (PEP); O carrossel burocrático nos cargos de confiança, estudo publicado pelo Ipea.

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