O escritor inglês Martin Amis morreu no dia 19 de maio, vítima de um câncer no esôfago. Filho do romancista Kingsley Amis e enteado da também escritora Elizabeth Jane Howard, Amis foi um talento literário precoce. Publicando seu primeiro romance aos 24 anos, a alcunha de enfant terrible o acompanhou por toda a carreira. “Talvez seja essa associação a uma vitalidade jovial – refletida na iconografia amisiana, mais próxima à de um astro do rock do que da literatura – que tenha feito sua morte aos 73 anos chegar com um gosto tão amargo e inesperado”, escreve Alejandro Chacoff, na edição de junho da piauí.
Nas últimas décadas, a literatura de Amis tinha enveredado por temas graves, como o Holocausto e o stalinismo, nem sempre com boa recepção da crítica. O estilo cáustico e exuberante dos romances cômicos que o marcaram – produzidos entre o fim dos anos 1970 e início dos 1990 – perdeu espaço à medida que a literatura se voltou mais a preocupações morais e sociais. Mas, embora Amis por vezes fosse considerado um romancista frívolo em suas preocupações temáticas, como crítico ele era mais deferente à tradição, combinando sua comédia verbal a um rigor analítico e a leituras exigentes de seus contemporâneos e antepassados.
Os assinantes podem ler a íntegra do texto neste link.