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questões musicais

Nevermind: o veneno na máquina

Tenho minhas dúvidas se a música contemporânea foi dividida em dois momentos: antes e depois de Nevermind, do Nirvana. A meu ver, a afirmação que pautou a celebração dos 20 anos do álbum embute nas suas entrelinhas a verdade de que o disco marcou o início do fim de uma era do rock e da indústria fonográfica.

Carlos Freitas | 30 set 2011_13h05
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Tenho minhas dúvidas se a música contemporânea foi dividida em dois momentos: antes e depois de Nevermind, do Nirvana. A meu ver, a afirmação que pautou a celebração dos 20 anos do álbum embute nas suas entrelinhas a verdade de que o disco marcou o início do fim de uma era do rock e da indústria fonográfica.

Não consigo lembrar um disco de rock depois do Nevermind que portasse a chama da revolução. Até porque, há muito, os discos já não importam tanto, eles se tornaram uma ponta do rolo de expressões da cultura pop que se recria a cada dia no meio da internet.

À época do lançamento de Nevermind, quase que paralelamente, às margens da indústria fonográfica, outras linguagens musicais ganhavam corpo. A música eletrônica já interferia na forma de se produzir música e os clubes, as raves, mudavam a dinâmica com que as pessoas se relacionavam com a música. Nesse aspecto, o Screamadelica, do Primal Scream, também lançado em 1991, um mês após o Nevermind, foi até mais representativo.

Mesmo assim, foi com Nevermind que o cenário musical independente se afirmou, dado ao seu alcance. Foi a faísca definitiva da guerrilha cultural implantada pelo punk nos anos setenta.

O grito angustiado de Kurt Cobain embalado na capa do bebê sendo fisgado como peixe por uma nota de dólar fez com que a rebeldia punk rock alcançasse escala industrial de difusão. Tomou a mídia de assalto. Nevermind resgatou a filosofia do “faça você mesmo” e a disseminou nas mentes de um mundo massacrado pelo pensamento único neoliberal. Cada cópia das milhões vendidas do disco disseminou a crença em si mesmo, o desprezo ao padrão, o desleixo para com as convenções.

Nevermind foi o veneno na máquina que o punk sempre quis ser. Encerrou um ciclo iniciado pelo Never Mind The Bollocks, dos Sex Pistols, reduzindo ao grito primal a ação estética e situacionista criada por Malcom Mclaren para distinguir o punk como um fenômeno social que emergiu das ruas. Só com cabelos desgrenhados, barba por fazer, camisas de flanela e a expressão aguda do vazio que o rodeava, Kurt Cobain recriou o punk à sua moda.

Mas a glória comercial do Nirvana significou a tragédia pessoal de Kurt Cobain. E querem saber, não tinha como ser de outro jeito. Seria impossível imaginar Kurt Cobain hoje como uma relíquia viva de uma época. Para isso servem lançamentos como o do Box-set comemorativo do Nevermind, lançado essa semana, com versões remasterizadas das músicas originais do disco, demos tapes raras e um DVD do show no Paramount Theatre, em Seattle, no dia 31 de outubro de 1991, que retrata o momento em que banda começava a decolar rumo ao olimpo da eternidade.

Nirvana ao vivo no Paramount, Seattle – 31/10/91

Carlos Freitas

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