Para tentar substituir o Mais Médicos, programa do governo petista, Jair Bolsonaro fez uma medida provisória criando o Médicos pelo Brasil, em agosto de 2019. Depois, para gerir a implantação do novo programa, o governo criou uma agência – a Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps). Foi o início de um desastre que resultou em vários casos de nepotismo, irregularidades administrativas, denúncias de assédio moral e malversação de verba pública, como detalha reportagem de Breno Pires, publicada na edição de junho da piauí.
A série de maracutaias teve reflexo imediato na saúde dos brasileiros mais pobres que vivem nos rincões do país. Em municípios pobres e de pequeno porte, cresceu em 40% o número de mortes evitáveis de crianças de até 5 anos. Em alguns, chegou a subir quase 60%. Como o Médicos pelo Brasil nunca engrenou, o governo Bolsonaro manteve o Mais Médicos em operação, embora desidratado e sem médicos estrangeiros. Bolsonaro terminou seu último ano no poder deixando cerca de 5 mil vagas de médicos sem preenchimento. Estima-se que esse buraco produzirá 22 mil mortes até 2030.
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