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No Pará, cobertura vacinal em Belém é 7 vezes a de São Félix do Xingu

Camille Lichotti, Thallys Braga e Renata Buono | 14 jan 2022_17h21
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Em pronunciamento no fim do ano passado, o  diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, afirmou que as baixas taxas de vacinação em alguns países criaram as “condições perfeitas” para o surgimento de novas variantes e que a desigualdade na cobertura vacinal foi uma das “grandes falhas ocorridas no passado”. O desequilíbrio na distribuição de vacinas observado entre países se repete entre regiões do mesmo país e até dentro de um mesmo estado. Até dezembro de 2021, apenas 11% da população de São Félix do Xingu, no sul do Pará, completou o esquema vacinal, segundo dados da prefeitura. Já Belém, capital do mesmo estado, tinha 73% dos habitantes totalmente imunizados. 

 

No município do interior, a prefeitura identificou uma ampla recusa da população em relação à vacina. A equipe tentou de tudo: sorteou um celular novo para quem completasse o esquema vacinal, promoveu competições entre equipes de vacinadores, deixou os postos abertos até às dez da noite – mas nada foi suficiente para convencer a maior parte da população a tomar o imunizante. 

 

Todas as vacinas aprovadas pela Anvisa são comprovadamente eficazes contra mortes e hospitalizações por Covid-19. A vacinação é o principal instrumento de prevenção, especialmente sob a ameaça de uma nova onda da doença, causada pela variante Ômicron. Na última quinta-feira (13), a média de casos no país subiu 634% em comparação ao registrado duas semanas antes. Em contrapartida, no fim do ano passado, um estudo mostrou que 80% dos óbitos por Covid no Brasil eram de pessoas não-vacinadas. 

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