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No terceiro episódio da série sobre Tom Jobim, o ineditismo da bossa nova

Assista à nova aula do violonista e compositor Arthur Nestrovski, acompanhado da cantora Paula Morelenbaum

18set2024_08h30

 

A terceira aula da série A longa arte de Antonio Carlos Jobim, que celebra a obra de um dos maiores artistas do país nos trinta anos de sua morte, analisa algumas das canções mais representativas da bossa nova. O material já está disponível no canal da piauí no YouTube.

 

Nestrovski pontua que músicas como Desafinado e Samba de Uma Nota Só, de Jobim e Newton Mendonça, e Chega de Saudade e Garota de Ipanema, de Jobim e Vinicius de Moraes, têm em comum um elemento fundamental para entender o sucesso do gênero: a profícua relação entre poesia cantada e melodia. 

 

 

“O jogo entre verso e composição será crucial para o tipo de canção que nós nos acostumamos a pensar como bossa nova. Elas são tão conhecidas e se dão a nós de forma tão generosa, que parecem ser simples, como se tivessem caído da árvore. Mas, na verdade, quando se olha de perto, elas têm uma construção sofisticada”, explicou Nestrovski. 

 

Ele destaca ainda a influência do jazz no samba-canção do fim dos anos 1950 e o ineditismo de letras permeadas por “concisões, arrojos e rimas internas” que não eram comuns no ambiente musical brasileiro do período.

 

A série gravada em São Paulo, na Associação Cultural Cachuera, é realizada pela piauí em coprodução com a Jobim Music, e tem o patrocínio da Natura.