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Nos últimos vinte anos, cresceu a elite do funcionalismo no governo federal

Luigi Mazza e Renata Buono | 30 out 2020_18h42
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O funcionalismo do governo federal mudou de figura desde o começo dos anos 2000. Levando em conta todos os servidores comissionados do Executivo, o que se viu foi um enxugamento dos cargos de baixo escalão e um aumento na proporção de cargos médios e altos. Ou seja, as funções de menor salário foram, aos poucos, perdendo espaço para funções mais bem pagas. Com isso, a burocracia federal encareceu.

No ano de 2000, os cargos comissionados de nível 1 e 2, que pagam os menores salários do funcionalismo, abarcavam 12 a cada 20 servidores. Mas base dessa pirâmide foi encolhendo com o passar dos anos. Em 2019, o baixo escalão já respondia por apenas 8 a cada 20 servidores. Os cargos médios, por sua vez, passaram de 7 para 10 a cada 20 comissionados. E o topo da pirâmide também engordou: se antes os cargos de nível 5 e 6, que pagam os salários mais robustos, tinham apenas 1 a cada 20 servidores, eles passaram a ter 2 a cada 20.

A maioria desses servidores está alocada em apenas dois ministérios: o da Educação e o da Economia. Juntos, eles concentram 16,9 mil cargos comissionados – mais da metade dos 32,1 mil cargos desse tipo existentes hoje no governo federal. Os demais estão distribuídos entre os outros ministérios, a Presidência da República e autarquias.

Fonte: Escola Nacional de Administração Pública (Enap), via Lei de Acesso à Informação; Painel Estatístico de Pessoal (PEP).

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