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O marco zero da Bossa Nova

Chega de Saudade é considerada a canção que inaugura a Bossa Nova. Foi escrita por Vinícius de Moraes e composta por Antonio Carlos Jobim no final de 1956.

A primeira gravação data de 10 de julho 1958, na voz de Elizeth Cardoso, com brilhante arranjo de orquestra do próprio Tom Jobim. Os estudiosos consideram esta gravação o primeiro registro fonográfico da Bossa Nova.

| 16 abr 2013_16h49
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Chega de Saudade é considerada a canção que inaugura a Bossa Nova. Foi escrita por Vinícius de Moraes e composta por Antonio Carlos Jobim no final de 1956.

A primeira gravação data de 10 de julho 1958, na voz de Elizeth Cardoso, com brilhante arranjo de orquestra do próprio Tom Jobim. Os estudiosos consideram esta gravação o primeiro registro fonográfico da Bossa Nova.

A versão de João Gilberto, gravada no mês seguinte com novo arranjo rítmico de autoria do cantor baiano, lançou sua carreira e confirmou sua posição de expoente do novo gênero musical criado no Brasil.

Reproduzidas aqui estão a primeira e a última página da partitura original de Jobim de Chega de Saudade. As 20 folhas foram presenteadas a Elizeth, e a capa leva sua assinatura a caneta: “Propriedade de Elizeth Cardoso”. Trata-se da partitura inteira para orquestra, escrita a lápis em 14 linhas de música, e uma página separada para a harpa, também reproduzida aqui.

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Muitas partituras manuscritas de música popular são copiadas por arranjadores anônimos. As melodias são geralmente transcritas por outra pessoa, e o que sobrevive na sua letra são às vezes as palavras do texto. Esta, no entanto é a partitura completa na letra de Tom Jobim, e o manuscrito registra seus arranjos de violão (mas não a batida de João Gilberto, contribuição posterior a partir da criação original do compositor).

Os arranjos vocal e orquestral estão completos, tais como foram ouvidos pela primeira vez na gravação original cantada por Elizeth. A partitura vocal foi impressa quatro anos mais tarde em 1962, mas sem a plena instrumentação encontrada aqui.

O manuscrito pertenceu a Elizeth Cardoso, que o conservou até sua morte em 1990. Presume-se que tenham sido seus descendentes que o puseram à venda num importante leilão de manuscritos musicais em Londres em 2008, quando foi adquirido por seu atual detentor e trazido de volta ao Brasil.

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