A enfermeira Eliane Clara Opoxina conta na piauí de março sobre seu trabalho com os yanomamis e os 25 dias que passou com eles em Surucucu, em Roraima, durante a crise humanitária que enfrentam. “Havia cerca de oitenta yanomamis internados no posto de saúde – muitos deles crianças, em estado apático e com o corpo esquelético”, ela escreve. “Por vezes, perdíamos a batalha, mas não havia tempo para sentar e chorar: o que importava era não deixar mais um yanomami morrer.”
Opoxina é o nome de um tipo de colar feito com rabo de tatu que é usado por crianças para proteção contra doenças e animais. Ela também adotou o colar quando viveu entre os yanomamis, o que provocava um riso geral entre os indígenas. “Mas eu explicava a eles que na floresta preciso de proteção igual a uma criança”, relata a enfermeira. Ela começou a trabalhar com os yanomamis uma década atrás, quando tinha 29 anos.
A enfermeira também descreve as consequências do avanço de garimpeiros ilegais na terra indígena: “O que temos visto nessas comunidades em que o garimpo se instalou é um desequilíbrio sem limites de toda a ordem social. Nos últimos quatro anos foi brutal a mudança no modo de vida tradicional.”
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