A repórter Angélica Santa Cruz viajou até o Oeste do Acre para cobrir a Quarta Conferência Indígena da Ayahuasca, um encontro de cinco dias entre expoentes espirituais de povos originários, realizado perto da fronteira do Brasil com o Peru. Na edição de janeiro da piauí, Santa Cruz conta o fascinante mundo que descobriu, com os indígenas discutindo uma forma de proteger seus valiosos conhecimentos tradicionais – entre eles, suas plantas sagradas das quais resultam a ayahuasca.
A própria conferência é um manifesto de resistência. Realizada pela primeira vez em 2017, é uma resposta à Conferência Mundial de Ayahuasca, cuja primeira edição ocorreu em Ibiza, na Espanha – sem a participação dos povos indígenas do Acre. “Escrevemos cartas para os organizadores perguntando como nós, os povos originários amazônicos que cuidamos dessa medicina ao longo dos tempos, e daqui do Acre, de onde ela saiu para o mundo, não fomos convidados?”, conta Iskukua Yawanawá, jovem liderança da aldeia Nova Esperança, às margens do Rio Gregório, em Tarauacá.
A partir daí, os povos indígenas começaram a se organizar – e passaram a discutir como tratar o boom no interesse mundial pela bebida sagrada. Essa saga e seus desdobramentos estão na reportagem de Santa Cruz, cuja íntegra os assinantes da piauí podem ler aqui.