Caneta individual e máscara foram duas das novidades na votação realizada em ano de pandemia. Mas mesmo num ano atípico, as peculiaridades que rondam qualquer eleição não deixaram de existir. De pai e filho governando cidades vizinhas a prefeito quase centenário, a piauí listou oito curiosidades desta eleição que você vai gostar de saber.
- O prefeito mais velho
José Braz (PP), de 95 anos, foi eleito prefeito de Muriaé (MG), com 42,80% dos votos da cidade. A diferença de idade que separa ele e seu vice, Dr. Marcos Guarino, 63, é de 32 anos. Braz já foi prefeito do município por dois mandatos, durante o período de 2005 a 2012, e deve entregar o posto em 2025, já quase centenário, com 99 anos.
- Família que governa unida
No Ceará, as cidades de Eusébio e Aquiraz, localizadas na Região Metropolitana de Fortaleza e com cerca de 10 km de distância entre si, serão governadas por pai e filho. Dr. Acilon Gonçalves (PL) foi eleito prefeito de Eusébio e seu filho, Dr. Bruno Gonçalves (PL), comandará Aquiraz.
- Família que vai às urnas dividida
Em Recife, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT) vão disputar a chefia do poder executivo no 2º turno, que acontece no próximo dia 29 de outubro. O que muita gente não sabe é que os dois opositores, na verdade, são primos de segundo grau. Eduardo Campos, pai de João, e Marília Arraes são netos do ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, morto em 2005.
- Idade é documento
O que acontece quando dois candidatos empatam? O mais velho vence. Essa situação aconteceu em três cidades brasileiras: Caraúbas (PB), Kaloré (PR) e Jardinópolis (SC). Em Caraúbas, o prefeito Silvano Dudu (DEM) conseguiu a reeleição por ser dezoito anos mais velho que o segundo colocado.
- Um voto que faz diferença
Se dizem que um voto não faz diferença, em quatro cidades brasileiras esse ditado não vingou. A decisão sobre quem ocuparia o cargo de chefe do Executivo nas cidades de Piquerobi (SP), Quinta do Sol (PR), Santa Terezinha (SC) e Itapuca (RS) se deu por um único eleitor.
- E a Wal Bolsonaro, hem?
A “Wal do Açaí”, funcionária fantasma do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados, disputou sua primeira eleição como candidata a vereadora em Angra dos Reis (RJ), apoiada pela família do presidente, seu nome na urna era Wal Bolsonaro (Republicanos). Com 266 votos, não conseguiu uma cadeira no Legislativo municipal.
- Única mulher indígena eleita prefeita
O único município brasileiro a eleger uma mulher indígena como prefeita foi Marcação, na Paraíba. A candidata Lili (DEM) é da etnia Potiguara e sua chapa foi reeleita com 54,48% dos votos da cidade, 2.965 no total.
- Os mais presentes
Numa eleição marcada pela ausência dos eleitores, o município de Marema, no interior de Santa Catarina, teve a menor taxa de abstenção entre todas as cidades do país: 2,94%, o equivalente a 59 pessoas. O índice é menor do que o registrado em 2016, quando 69 eleitores (3,13%) deixaram de ir às urnas.