O carioca Geovani Martins lança em março seu primeiro livro, O Sol na Cabeça. O volume, que sairá pela Companhia das Letras, reúne treze contos de viés realista. A maioria é protagonizada por crianças ou jovens e se passa em favelas do Rio de Janeiro – universo que o escritor de 26 anos conhece bem. Filho de um motorista e uma cozinheira, Martins nasceu no bairro de Bangu, cresceu na comunidade da Rocinha e hoje mora no Morro do Vidigal. O interesse precoce por literatura o fez arriscar-se como letrista, poeta e cronista durante a adolescência e no início da juventude. Em 2015, quando ainda trabalhava de garçom, decidiu apostar tudo na carreira de ficcionista. Largou o emprego e, vivendo com muito pouco, tentou escrever um romance. Não conseguiu. Os catorze meses de esforço, porém, resultaram em boa parte dos textos que compõem O Sol na Cabeça.
A piauí de fevereiro publica com exclusividade o conto que abre o livro, Rolézim. A trama gira em torno de cinco adolescentes que resolvem ir à praia num dia escaldante. É o próprio escritor quem lê a história na gravação acima.