Entre 2014 e 2015, quando estava com 85 anos, Jean-Luc Godard começou a falar da velhice e da morte. Fazia cinco anos que ele não jogava tênis, por causa de uma dor no joelho. Na mesma época, o diretor – que na juventude plantava bananeira e andava com as mãos para impressionar as namoradas – desabafou com um jornalista: “A gente sacrifica os animais, mas ninguém quer nos sacrificar, mesmo se a própria pessoa pede, nem mesmo um amigo médico…”
Godard morreu na manhã de 13 de setembro passado, após recorrer a um suicídio assistido, como autoriza a legislação da Suíça, país onde ele vivia, em Rolle. A jornalista Ariane Chemin foi até lá para investigar como foram os últimos dias de um dos mais importantes diretores do cinema moderno, realizador de Acossado (1960) e O Demônio das Onze Horas (1965). “O senhor Godard já não aguentava muito bem ficar em pé”, ela ouviu do proprietário de uma empresa de táxis que fazia corridas para o cineasta. “Perto do fim do verão, ele me disse que estava muito, muito cansado.”
A íntegra da reportagem, originalmente publicada no jornal Le Monde, pode ser lida pelos assinantes da piauí neste link.