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=igualdades

Pandemia longa, cobertor curto

Hellen Guimarães e Renata Buono | 25out2021_09h30

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Uma das maiores e mais abrangentes crises que a humanidade já enfrentou em sua história, a pandemia de Covid-19 pausou a vida como se conhecia e é causa de danos sem precedentes aos empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para salvar vidas, restringir a circulação do vírus e impedir um colapso, os países precisaram paralisar várias atividades econômicas. Os governos tiveram de abrir o cofre para garantir a chamada resposta fiscal ao problema, com medidas para impedir a quebra das empresas, como desonerações tributárias, suspensões ou adiamentos de tributos; subsídios e concessões de garantias para linhas de crédito, além da reestruturação de dívidas. Outra parte dessa resposta é a proteção social à população mais vulnerável, por meio de auxílios emergenciais e programas de manutenção de empregos, por exemplo. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que esses investimentos foram distribuídos de forma bem desequilibrada ao redor do mundo e sugere que essas medidas não devem ser retiradas de forma imediata, a fim de proteger os setores mais atingidos. Estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que, sem essa reação, a queda do PIB global teria sido três vezes maior em 2020. Confira no =igualdades.

A pandemia de Covid-19 trouxe, além das crises sanitária e humanitária, a econômica, obrigando os países a adotarem medidas fiscais para mitigar seus efeitos. Ao todo, US$ 16 trilhões foram empregados nesses esforços em 2020. Deste montante, US$ 2,94 trilhões (18%) foram destinados a ações de proteção social, “uma resposta sem paralelo na história recente”, ressalta o estudo do Ipea. O valor representa 3% de toda a riqueza produzida no planeta em 2020 e é 4,5 vezes maior que aquele investido em proteção social na crise financeira de 2008, que totalizou US$ 653 bilhões.

Para suportar as consequências econômicas da pandemia, os países tiveram que investir diretamente em proteger sua população mais vulnerável. O apoio, porém, refletiu a desigualdade extrema que existe no planeta. Cada habitante do grupo de países mais ricos recebeu, em média, US$ 847 de seus governos em 2020. O valor é 212 vezes maior que aquele disponibilizado pelos países mais pobres, de US$ 4 por pessoa. Os países de renda média-alta investiram US$ 136 per capita e, os de renda média-baixa, US$ 30.

Em média, os 222 países que adotaram alguma medida de proteção social em virtude da pandemia gastaram 2% do PIB no setor. A Suécia, porém, aplicou fatia bem maior: destinou 16% da riqueza produzida em 2020 a esse objetivo. Se o país europeu liderou em termos relativos, os Estados Unidos tomam a frente quando se avalia o volume absoluto de recursos. O país investiu 9% de seu PIB, o que representou 65% do gasto global com proteção social no período. Ou seja: do total de US$ 2,94 trilhões aplicados em proteger os mais vulneráveis na pandemia, US$ 1,91 trilhões foram destinados a estadunidenses.

As ações de proteção social representam uma parte da resposta fiscal que os países tiveram de fornecer para suportar a crise econômica trazida pela pandemia. Além de auxiliar diretamente os cidadãos mais pobres a sobreviver, as nações também precisaram aplicar medidas fiscais específicas para impedir a quebra de suas empresas. Esses esforços dividem-se em dois grandes grupos: “despesas adicionais e adiamento de receitas” e “liquidez, empréstimos e garantias”. Em média, os países desenvolvidos investiram 27,8% de seus PIBs nesse setor, o quádruplo do que foi aplicado pelos emergentes, que reservaram uma fatia de 6,7% de seus PIBs em 2020.

Peru e Brasil foram os países emergentes que reservaram a maior fatia de seus PIBs para a resposta fiscal à crise provocada pela pandemia. O Peru aplicou 15% da riqueza que produziu em 2020, e o Brasil, 14%. Em ambos os países, o investimento representa o quádruplo das proporções investidas por México e Egito somadas. Lanterna do grupo, o Egito aplicou apenas 1,7% do PIB, enquanto o México utilizou 1,9%. Nos dois casos, o investimento é menos de um terço da média entre os países emergentes, que foi de 6,7%.

Em 2020, o Japão foi o país que mais investiu na resposta fiscal à pandemia. O país asiático empregou quase metade (44%) das riquezas que produziu em 2020 com este fim, seguido de perto por Itália e Alemanha. No extremo oposto está a Dinamarca, que investiu apenas 6%. A fatia é menor até do que a média dos países emergentes, que foi de 6,7%.

A consequência imediata da volumosa resposta fiscal necessária para combater a crise de Covid foi o aumento do endividamento dos países. Entre os emergentes, o déficit público duplicou, passando de uma média de -4,7% a -9,8% do PIB. Nos países desenvolvidos, o salto foi ainda maior: de -2,9% a -11,7%, ou seja, o quádruplo. Já nos países de renda baixa, o aumento foi bem mais tímido, passando de -3,9% a -5,5% e reiterando o menor poderio econômico desses países para financiar medidas necessárias para combater a crise.

Hellen Guimarães (siga @HellenGuimaraes no Twitter)

Foi repórter da piauí. Trabalhou em O Globo, Extra, Época e Agência Lupa

Renata Buono (siga @revistapiaui no Twitter)

É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno

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