A pecuária ocupa 75% das áreas desmatadas das florestas públicas não destinadas. Entre 2006 e 2010, 596 mil hectares (73%) das florestas não destinadas eram pasto, já entre 2016 e 2020, essa área cresceu para 861 mil hectares (78%). Ou seja, mesmo após dez anos, a área desmatada aumentou cinco pontos percentuais. Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Segundo o Instituto, essa tendência de aumento mostra que houve investimento econômico para permanência e conversão de novas áreas para a pecuária.
“O boi é utilizado como uma espécie de ‘zelador’ da terra grilada e usado para ensejar a sua ‘posse’. Historicamente, esta tem sido a prática da grilagem na Amazônia. O foco não é a produção de bezerros ou carne, mas sim a ‘legitimação’ da ocupação da terra para posterior regularização fundiária”, afirma o estudo.
Fonte: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)