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    Manifestantes do MST e da Via Campesina, integrantes da chamada "segurança popular", usando as braçadeiras verde e amarelas, em ato nesta segunda-feira, 22 de janeiro, em Porto Alegre FOTO: MARCELO G. RIBEIRO/JC

questões político-judiciais

Polícia aprova guarda da CUT/MST em atos pró-Lula; MBL chama de “milícia”

Para subcomandante da Brigada Militar de Porto Alegre, o recrutamento de 2 mil “seguranças populares” pelas entidades é medida “positiva”, desde que não “cometam atos arbitrários”

Naira Hofmeister e Alexandre de Santi | 23 jan 2018_22h12
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Osubcomandante da Polícia Militar gaúcha, coronel Mário Ikeda, aprovou a iniciativa da Central Única dos Trabalhadores e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de criar uma “equipe de segurança popular”, em Porto Alegre, principalmente para vigiar e conter manifestantes que considerarem “infiltrados” nos atos de defesa do ex-presidente em Porto Alegre. “É positiva, desde que ocorra conforme foi combinado, sem exceder as suas funções, sem cometer atos arbitrários e violentos. Atuando na manutenção da tranquilidade e segurança do movimento”, disse à piauí.

A expectativa da Brigada Militar, como é chamada a PM gaúcha, é que os guardas atuem apontando vândalos e manifestantes mascarados na multidão. Ikeda também vê como positivo o canal de comunicação aberto com a polícia e o fato de os 2 mil “guardas populares” serem identificados com braçadeiras verde e amarelas. “As entidades parecem preocupadas e trabalhando para que os eventos ocorram de maneira pacífica e não haja depredação”, afirmou. O subcomandante alerta para os limites de atuação desses voluntários. “Não podem exceder suas funções, cometer atos arbitrários e violentos. Devem atuar exclusivamente na manutenção da tranquilidade. A intervenção deve ser pacífica”.

A coordenadora do Movimento Brasil Livre, o MBL, no Rio Grande do Sul, Paula Cassol, disse que o grupo também se comunica com a Brigada em manifestações, como o CarnaLula, ato contra o ex-presidente marcado para às 18 horas desta quarta-feira, na capital gaúcha. Cassol afirmou que o grupo também tem voluntários para atuar como seguranças dos militantes, mas preferiu não fornecer mais detalhes sobre o esquema. “A gente não vai expor. Não é uma força de segurança. O que temos são integrantes que conhecem todos os organizadores, pessoas que estão desde 2014 conosco. Mas não é como se fosse uma milícia – isso quem tem é o MST, não a gente”, disse a coordenadora do MBL gaúcho.

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