Com a pandemia e o distanciamento social, os estudantes do ensino básico e superior tiveram que se adaptar para assistir às aulas e estudar pelo computador ou celular. Mas antes mesmo dessa adaptação compulsória, as modalidades de Ensino a Distância (EaD) já estavam em expansão, movidas pela flexibilização das regras para novos polos de EaD, o avanço tecnológico e a crise econômica.
Em 2002, as matrículas da modalidade remota representavam apenas 1,2% no índice dos cursos superiores brasileiros. Em 2009, a cada 100 matrículas, 14 eram de cursos a distância. Em 2019, já eram 28,5 a cada 100. Ou seja, um em cada quatro estudantes de nível superior frequenta cursos de graduação remotamente.
Quando surgiram, no fim dos anos 1990, os cursos de graduação a distância ofereciam menos de 50 mil vagas, a maioria no ensino privado. Com a instituição do Sistema UAB (Universidade Aberta do Brasil) pelo governo federal, em 2006, houve um aumento expressivo do EaD na educação pública. Ainda sim, o setor privado é responsável por 92% das matrículas ofertadas nessa modalidade.