O número de brasileiros desempregados ainda é preocupante – em agosto, cerca de 12,6 milhões de cidadãos estavam sem ocupação. Mas dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged, mostram que, de janeiro a setembro, o ano de 2019 teve mais contratações com carteira assinada que demissões, sendo o terceiro ano seguido com saldo positivo em nível nacional. Ainda assim, algumas cidades tiveram mais postos de trabalho fechados que abertos, e nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste há mais vagas para os cidadãos que na região Norte e Nordeste. No =igualdades desta semana, a situação do emprego no Brasil.
Para cada 10 empregos com carteira assinada perdidos este ano, de janeiro a setembro, foram criados outros 11.
Todas as regiões ganharam vagas com carteira assinada este ano. Mas o ritmo de crescimento no Centro-Oeste é mais de 3 vezes o visto no Nordeste.
Nos últimos doze meses, o setor do comércio criou 116 mil novas vagas. Já o de serviços – que inclui trabalhadores no setor de transporte, educação, saúde –, teve 377 mil vagas a mais. Assim, para cada vaga que o setor de comércio criou, o de serviços criou 3.
Minas Gerais lidera na criação de vagas no setor de construção civil desde janeiro, com 27 mil novas posições. O estado do Ceará segue o caminho oposto – perdeu, até setembro, 2,3 mil vagas. Para cada 10 vagas geradas em Minas, 1 foi perdida no Ceará.
A maior parte dos brasileiros não têm carteira assinada. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), 93,6 milhões de pessoas estão ocupadas no Brasil, sendo que apenas 36 milhões são registradas. Outras 43 milhões trabalham sem carteira ou por conta própria.
O setor que mais tem empregos com carteira assinada é o de serviços. São 17,7 milhões de vagas. É mais que o número de empregos na indústria e no comércio juntos.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste há, em média, 23 vagas com carteira assinada para cada 100 pessoas da população. Nas regiões Norte e Nordeste o número é mais reduzido – há 11 vagas para cada 100 pessoas, em média.
Fontes: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE.
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