Desde que o texto Parece revolução, mas é só neoliberalismo foi publicado na piauí_172, de janeiro de 2021, a revista tem recebido manifestações por escrito de diversos professores universitários contestando as ideias expressas pelo autor. Para estimular o debate, a piauí publica nos links abaixo as respostas ao texto.
O artigo original defende que muitas das contestações de estudantes contra as práticas da universidade pública brasileira e seu corpo docente são fruto de uma atitude “neoliberal”, que entende a escola como “um supermercado ou um restaurante” e os professores como “serviçais privados”, cuja função é satisfazer os desejos do aluno-cliente. Para o autor, essa atitude resvala, inclusive, no autoritarismo, praticado por estudantes tanto à direita do espectro político como à esquerda.
Dada sua dimensão polêmica, o texto vem assinado pelo pseudônimo Benamê Kamu Almudras, que se identifica apenas como docente de uma universidade pública em São Paulo. “Nestes tempos de cruzadas autoritárias moralistas e de narcisismo midiático neoliberal, uma crítica como a que fiz aqui tem de lançar mão da privacidade autoral como escudo e refúgio”, diz o autor.
Leia as respostas ao texto de Benamê Kamu Almudras:
PARECE DEMOCRÁTICA, MAS É AUTORITÁRIA
A universidade precisa aprender a lidar, na prática, com as desigualdades estruturais do Brasil
ÉRICO ANDRADE
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NEM REVOLUCIONÁRIOS NEM NEOLIBERAIS
Dialogar com os alunos à luz das demandas atuais é essencial para o futuro da universidade pública
MARCUS AURELIO TABORDA DE OLIVEIRA
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É preciso ampliar o debate acadêmico para escapar das lógicas binárias que produzem os conflitos entre estudantes e professores
PROFESSORAS DA USP
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PRISIONEIROS DO NEOLIBERALISMO
O Brasil colocou de lado a verdadeira revolução a se fazer no ensino
CRISTOVAM BUARQUE
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UMA VISÃO NEBULOSA E CONSERVADORA
Texto Parece revolução mas é só neoliberalismo é uma peça preconceituosa
DEMÉTRIO TOLEDO, REGIMEIRE MACIEL, MARIA CARLOTTO E FLÁVIO FRANCISCO