De cada dez arquivos com algum grau de classificação de sigilo no governo federal atualmente, sete pertencem ao Comando da Marinha. Há, ao todo, 109 mil documentos classificados, sendo 77,6 mil da Marinha (71%). Na sequência, vem o Comando da Aeronáutica, com 14,3 mil arquivos em sigilo (13%). Sozinhos, essas duas instituições militares respondem por 84% de todos os documentos classificados atualmente. Os dados são do levantamento mais recente da CGU, e as datas de atualização sobre a situação atual variam, a cada órgão, entre 2017 e 2021.
Apesar de estabelecer a transparência como regra, a Lei de Acesso à Informação (LAI) prevê três níveis de classificação de informação: reservada (cinco anos), secreta (15 anos) e ultrassecreta (25 anos). Passado esse período, os documentos são desclassificados, mas não necessariamente são publicados, podendo ser solicitados por meio de pedidos com base na LAI. Uma mobilização da Fiquem Sabendo vem buscando abrir todos os documentos desclassificados pelo governo federal desde 2019. É o projeto Sem Sigilo.
Fonte: Controladoria-Geral da União