Filipe Toledo na Indonésia, em 2019: em ondas gigantes, o mais perigoso não é se chocar com o fundo; a maior ameaça é o caldo, que impede o surfista de voltar à tona para respirar CRÉDITO: FILIPE TOLEDO_2019
Surfistas vão enfrentar onda mortal na Olimpíada
Filipe Toledo, Gabriel Medina e João Chianca concorrem pelo Brasil no Taiti
No dia 31 de janeiro, o surfista Filipe Toledo, bicampeão mundial, cancelou sua participação no Circuito Mundial de Surfe que transcorria em Pipeline, no Havaí. O motivo da desistência, segundo o esportista, foi uma intoxicação alimentar. Mas nas mídias sociais começaram a proliferar comentários de que ele estaria aterrorizado com as ondas de 8 a 10 pés (entre 2,4 e 3 metros) de Pipeline, as mais temidas do planeta, escreve Adrian Kojin na edição deste mês da piauí.
Em 11 de fevereiro, Toledo voltou à manchete dos sites esportivos brasileiros ao anunciar que não iria mais competir no Circuito Mundial de 2024 para cuidar de sua saúde mental. O mundo do surfe logo começou a perguntar: será que ele vai participar da Olimpíada de Paris 2024, a partir de 26 de julho? As provas de surfe da Olimpíada serão disputadas no Taiti, em Teahupo’o, outra das ondas mais perigosas do mundo. Toledo já declarou que essa onda e a de Pipeline são as que mais o assustam.
Em ondas gigantes, o mais perigoso não é o risco de o surfista se chocar com o fundo, já que elas costumam quebrar em águas profundas. A maior ameaça está no chamado caldo, que impede o surfista de voltar à tona para respirar, podendo vir a se afogar. Mais recentemente na história do surfe de ondas gigantes foram introduzidas medidas de segurança, como o uso de coletes infláveis e times de resgate. Em Pipeline, já foram registradas pelo menos sete mortes. Em Teahupo’o, uma. Acidentes com lesões graves, ocorreram inúmeros, em ambas.
No final de abril, Toledo declarou à agência Reuters que o tempo afastado das pressões do Circuito Mundial havia sido benéfico e que ele estava confiante em ter um bom resultado na Olimpíada: “Eu vou vencer. Eu acredito nisso.”
Um total de 48 surfistas competirão em Paris, 24 de cada gênero, oito a mais do que em Tóquio 2020. Pelo Brasil, além de Toledo, concorrerão Gabriel Medina e João Chianca. Medina é cotado como o maior favorito à medalha de ouro em Teahupo’o. Ele já venceu duas vezes em Teahupo’o, em 2014 e 2018. Também foi vice-campeão em 2015, 2017, 2019 e 2023, fazendo cinco finais em seis anos.
Assinantes da revista podem ler a íntegra do texto neste link.
Assine nossa newsletter
Email inválido!
Toda sexta-feira enviaremos uma seleção de conteúdos em destaque na piauí