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Taxa de mortes por Covid-19 no Brasil é equivalente à dos Estados Unidos

Camille Lichotti, Amanda Gorziza e Renata Buono | 15 dez 2020_09h05
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Passados quase dez meses do início da epidemia do novo coronavírus, a tragédia brasileira ainda está longe de acabar. Diferente do que disse o presidente Jair Bolsonaro em uma de suas lives recentes, o país não vive um “finalzinho” de pandemia – até ontem, pelo menos dezoito estados e o Distrito Federal apresentavam alta na média móvel de mortes. O número de novos casos diários está, há mais de uma semana, em um patamar comparável ao primeiro pico da doença. Atualmente o Brasil ocupa a segunda posição do ranking de mortes pela doença – mais de 180 mil vidas perdidas desde o início da pandemia.

A tragédia brasileira se compara à dos Estados Unidos, cuja cartilha anticiência foi seguida pelo presidente Bolsonaro na condução da crise sanitária. Os Estados Unidos têm um dos piores desempenhos na pandemia – atualmente é o país com maior número absoluto de mortes pela Covid-19 no mundo. Ao todo, mais de 296 mil norte-americanos já morreram pela doença. Lá, até dia 10 de dezembro, a taxa de mortes por Covid-19 foi de 87 óbitos a cada 100 mil habitantes – um número equivalente à taxa brasileira de 85 mortes a cada 100 mil habitantes até a mesma data.

Os Estados Unidos vêm batendo recordes de novos casos e mortes por Covid-19 e desde janeiro o país registrou quase 16 milhões de casos da doença. Atualmente, a quantidade de óbitos diários nos Estados Unidos é maior que a registrada na primeira onda da pandemia, nos meses de março e abril. Segundo dados da Universidade John Hopkins, publicados no dia 12 de dezembro, os Estados Unidos registraram mais de 3 mil mortes em apenas 24 horas. 

Em meio ao avanço descontrolado do novo coronavírus por lá, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) aprovou, neste domingo, a vacina das farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A vacinação começou na última segunda-feira (14), e o país se juntou à Rússia e ao Reino Unido no grupo das nações que já iniciaram o plano de imunização da população. No Brasil, por outro lado, ainda não há previsão do governo federal para o início de um plano de vacinação em massa – e desde novembro, o número de novos casos de Covid-19 não parou de subir.

 

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