Nos anos do governo Bolsonaro, a figura de Tite foi como um bálsamo. Enquanto o presidente falava impropérios, desorganizava o Estado e espalhava a desrazão pelo país, o treinador concentrado e estudioso, com sua fala articulada e seu gosto pela expressão exata, empenhava-se em trazer racionalidade a tudo que há de fugidio no futebol. Embora alguns já não suportassem seu estilo coach e seus neologismos, Tite nos descansava da violência verbal onipresente no Brasil, analisa o escritor Leonardo Villa-Forte, na piauí de março.
É curioso que o inverso tenha acontecido com o principal jogador da equipe de Tite. Se nesses anos o discurso e a postura do treinador envolveram o público enquanto seu trabalho decepcionava, Neymar se consolidou em campo como o maior jogador de sua geração, enquanto escutava muxoxos de grande parte dos torcedores, que adquiriu uma tremenda antipatia pelo craque.
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