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Um pierrô apaixonado

As melhores marchas do carnaval do Rio de Janeiro sucederam-se na boca do povo ao longo das décadas de 1920 a 1950, para fixar-se em seguida na memória de todos os cariocas, mesmo aqueles para quem o carnaval será sempre apenas um feriado. Repetidas ao infinito nas rádios, cantadas nas ruas e nas casas, muitas das marchinhas mais populares tornaram-se imortais.

| 12 fev 2015_15h03
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As melhores marchas do carnaval do Rio de Janeiro sucederam-se na boca do povo ao longo das décadas de 1920 a 1950, para fixar-se em seguida na memória de todos os cariocas, mesmo aqueles para quem o carnaval será sempre apenas um feriado. Repetidas ao infinito nas rádios, cantadas nas ruas e nas casas, muitas das marchinhas mais populares tornaram-se imortais. Os maiores compositores da época, como Ary Barroso, Noel Rosa ou Lamartine Babo, exerceram seu talento em composições divertidas e inspiradas, ainda hoje conhecidas por muitos.

O folheto mostrado nesta página tem uma linda capa ilustrada de J. Carlos e intitula-se “Músicas de Carnaval do Rio de Janeiro”, com subtítulos em inglês e espanhol. Foi emitido pela diretoria de turismo e propaganda do Rio de Janeiro, no início dos anos 1950.

O folheto contém as partituras de vários sambas ainda famosos, como “Cidade Maravilhosa” (que virou o hino oficial do Rio de Janeiro) ou “Maria Boa”, de Assis Valente. O dono do folheto pediu na época dedicatórias ou assinaturas sobre as partituras impressas aos compositores ainda vivos.

Na página inicial mostrada aqui, de sua partitura, Heitor dos Prazeres, compositor com Noel Rosa, do famoso “Pierrô Apaixonado”, põe sua dedicatória no alto da página.

Os versos a seguir são conhecidos de todos os brasileiros, quer gostem ou não de carnaval. “Um pierrô apaixonado / Que vivia só cantando / Por causa de uma colombina / Acabou chorando! / Acabou chorando!”

Heitor dos Prazeres foi também um notável pintor num estilo primitivo que era só dele, e deu assim uma contribuição variada à cultura popular brasileira.

  

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