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Valor gasto com viagens de um único funcionário da Defesa foi o dobro do investido no combate às mudanças climáticas

Camille Lichotti, Marta Salomon e Renata Buono | 31 jan 2022_09h33
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O pacote de investimentos relacionados às mudanças climáticas – incluindo estudos e projetos para a redução das emissões e a adaptação aos efeitos do aquecimento global  – ficou na última posição do ranking de investimentos do governo em 2021. A União usou apenas 134 mil reais do Orçamento de 2021 para investir nessa área. 

Esse valor é metade do que foi utilizado para bancar as viagens internacionais de um único funcionário do Ministério da Defesa – 280 mil reais. O servidor, Marcos Rosas Degaut Pontes, foi quem mais gastou dinheiro público em viagens de serviço internacionais no ano de 2021.  

Apesar de preterido pelo governo federal, o combate às mudanças climáticas se tornou uma emergência global. Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), mostrou que o mundo provavelmente atingirá ou excederá 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas – mais cedo do que se esperava. Somente cortes ambiciosos nas emissões permitirão manter o aumento da temperatura global em 1,5°C, o limite necessário para prevenir os piores impactos climáticos. Com altas emissões, o IPCC relevou que o mundo pode aquecer até 5,7°C até 2100, o que desencadearia resultados catastróficos.

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CORREÇÃO: versão anterior deste texto atribuía incorretamente ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, as despesas do servidor do Ministério da Defesa Marcos Rosas Degaut Pontes. As despesas de viagens internacionais do ministro somaram R$ 125 mil.

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