Não é tão fácil explicar o fracasso educacional do Brasil. Por que um país que foi capaz, ainda no século XIX, de criar faculdades e organizar um Exército não conseguiu abrir escolas? FOTO: KIM-IR-SEN PIRES LEAL_WWW.KIMAGE.COM.BR
Pátria iletrada
As razões políticas para o atraso educacional do Brasil
Rafael Cariello e Tiago Coelho | Edição 124, Janeiro 2017
Lá pelo início de 2014, alguns dos amigos e colegas mais próximos do pesquisador Renato Perim Colistete começaram a ficar preocupados. Já fazia então mais de três anos que o professor da FEA – a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – se dedicava à preparação de sua tese de livre-docência, etapa importante da vida acadêmica na USP, onde, desde 2007, Colistete dá aulas de história econômica.
O projeto, uma espécie de segundo doutorado, era ambicioso. Pretendia explicar as razões históricas para o fracasso educacional brasileiro – a patente incapacidade do país, ao longo da maior parte de sua história, de colocar crianças na escola e ensiná-las a ler, escrever e fazer conta. Mas o trabalho, que acumulava centenas de horas de pesquisa e dezenas de páginas escritas, tardava a ser apresentado ao departamento.
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ASSINEJornalista, foi editor da piauí. Publicou Adeus, Senhor Portugal: Crise do Absolutismo e a Independência do Brasil (Companhia das Letras), em coautoria com Thales Zamberlan Pereira
Repórter da piauí e roteirista de cinema
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