Risco de um paciente morrer em UTI no Brasil é maior que na Itália
Entre 16 de fevereiro e 15 de agosto de 2020, 59% das pessoas admitidas em Unidades de Terapia Intensiva no Brasil morreram – seis a cada dez. Os resultados constam de um estudo de Fernando Bozza, Otavio Ranzani e outros pesquisadores publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine. Foram analisados dados de mais de 254 mil internações. Já no auge da pandemia na Itália, em abril, a mortalidade em UTIs no país foi de 48%, menor que a do Brasil, como mostram dados de estudo de Grasselli e outros pesquisadores na Jama Internal Medicine.
Com a superlotação dos hospitais no Brasil, os profissionais que trabalham nesses ambientes estão sobrecarregados. Em entrevista à BBC, Bozza, coordenador da Rede Brasileira de Pesquisa em Medicina Intensiva, disse que perdeu-se tempo discutindo tratamento precoce sem qualquer evidência científica. “Não se investiu em disseminar informação sobre tratamentos eficazes para pacientes graves, como uso de esteroides, técnicas de identificação de insuficiência respiratória, uso da posição prona e outros.”
Fontes: Estudo de Bozza, Ranzani e outros pesquisadores publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine; estudo de Grasselli e outros pesquisadores na Jama Internal Medicine
Repórter da piauí
É fundador e repórter do Pindograma. Estuda Economia e Política na Universidade de Nova York
É repórter do Pindograma, site de jornalismo de dados, e estudante de linguística na Universidade de Columbia, em Nova York.
É designer e diretora do estúdio BuonoDisegno
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