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    ILUSTRAÇÃO: ANDRÉS SANDOVAL_2022

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As pedaladas que o mundo dá

A conversão ao bolsonarismo do servidor que viabilizou o impeachment de Dilma

Ana Clara Costa | Edição 192, Setembro 2022

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Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho Júnior trabalhava no Tribunal de Contas da União (TCU) havia quase dez anos quando apareceram os primeiros indícios de que o governo de Dilma Rousseff estava maquiando seu resultado primário, que é a economia que o Tesouro faz anualmente para pagar os juros da dívida pública.

A maquiagem consistia, sobretudo, em atrasar pagamentos devidos a bancos públicos para melhorar o resultado primário do Tesouro na época em que o número era apurado. Depois da apuração, o governo liberava os pagamentos. Tal mecanismo, que ficou conhecido como “pedaladas fiscais”, serviu de pretexto técnico para o Congresso terminar o mandato de Dilma dois anos antes do tempo, em 2016.

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