CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Um quintal ancestral
Urnas funerárias indígenas achadas por acaso no Amazonas
Camille de Melo | Edição 211, Abril 2024
Depois de um temporal que varreu a cidade de Alvarães, no interior do Amazonas, Késia Silva, de 28 anos, estava limpando o quintal de terra batida do pai quando sentiu a ponta da enxada encostar em uma superfície dura. O golpe rachou o objeto enterrado, e ela pôde ver um pedaço de cerâmica adornado com linhas avermelhadas.
O grafismo cuidadosamente pintado chamou sua atenção. Késia continuou revirando a terra ao redor e encontrou outras duas urnas intactas. Uma delas se destacava por causa dos detalhes antropomórficos – olhos, boca e orelhas modelados em alto relevo na cerâmica –, mas todas estavam muito bem conservadas, com cada tonalidade de cor preservada. As três peças foram desenterradas por Késia com a ajuda de familiares no mesmo dia, no início de dezembro passado.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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