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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024

esquina

Mulher cobra

No Ceará, uma líder indígena defende o ensino do tupi

Juliana Faddul | Edição 212, Maio 2024

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Uma mulher queria muito ser mãe, mas seus bebês nasciam mortos. Em desespero, ela entrou na mata, chorando, para pedir uma filha, nem que fosse uma cobra. Pouco tempo depois, voltou a engravidar. Teve duas filhas saudáveis: uma menina, a quem deu o nome de Cuiã, e uma cobra. Mas não sobreviveu ao parto. Antes de morrer, presenteou o marido com um anel e disse: “Guarde-o bem guardado. Se alguma mulher encontrar, case-se com ela.”

O pai jogou a cobra em um rio e cuidou de Cuiã, mas as duas irmãs continuaram a se ver. Um dia, Cuiã achou o anel e mostrou ao pai, que propôs casamento à filha, como mandara sua mulher. A jovem foi consultar a irmã-cobra para saber se deveria se casar com o próprio pai.

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