A filha do chefe supremo
A filha de nove anos de um importante chefe de estado brinca com seu pai, a quem deseja pedir permissão para sair.
Como muitas filhas de poderosos, a menina vivia protegida e cercada por adultos. Familiarizara-se com a rotina da casa onde morava com seu pai e com os inúmeros papéis oficiais que se acumulavam em torno dele.
Todo dia a menina o via anotar e assinar centenas de documentos da mais diversa natureza e logo entendera que da decisão de seu pai dependiam os mais diversos assuntos. Pressentia também que sua assinatura detinha um poder de vida ou morte.
A filha de nove anos de um importante chefe de estado brinca com seu pai, a quem deseja pedir permissão para sair.
Como muitas filhas de poderosos, a menina vivia protegida e cercada por adultos. Familiarizara-se com a rotina da casa onde morava com seu pai e com os inúmeros papéis oficiais que se acumulavam em torno dele.
Todo dia a menina o via anotar e assinar centenas de documentos da mais diversa natureza e logo entendera que da decisão de seu pai dependiam os mais diversos assuntos. Pressentia também que sua assinatura detinha um poder de vida ou morte.
Quando queria pedir-lhe algo, às vezes brincava de imitar os assessores que lhe traziam documentos para assinar. Fabricava ela mesma um documento “oficial” na letra dos seus nove anos, desenhava um carimbo e preparava o papel com um espaço para que o pai o endossasse com sua aprovação ou recusa. No caso do “documento” aqui reproduzido pede permissão para um passeio, que o pai autoriza nas seguintes palavras: “Obedeço à pequena secretária!”.
É difícil conciliar a idéia de um homem responsável por tantos crimes com a de um pai carinhoso, tenro, que se presta de bom grado à brincadeira de sua filha. Nesse dia, 11 de dezembro de 1934, Svetlana, que chamam pelo apelido de Setanka, está feliz. Seu pai, o idolatrado Josef Stalin, chefe supremo da União Soviética, concedeu-lhe o que desejava.
No ano passado, Svetlana Stalin morreu aos 85 anos, quarenta e quatro anos após sua famosa fuga da União Soviética, em 1967, defecção que causou na época um profundo embaraço ao poder Soviético.
É provável que tenha levado com ela objetos e papéis da sua infância, ou os tenha recuperado quando voltou por dois anos à Rússia, décadas mais tarde após a queda do Império. Com o tempo, precisou desfazer-se de algumas lembranças, como esta, que surgiu num leilão nos Estados Unidos, cinco anos antes de sua morte, quando foi adquirida por seu atual detentor.
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