Andy Warhol e Basquiat no ringue
Nada simbolizou mais a ligação hoje mítica entre Warhol e Basquiat que os cartazes para os quais posaram para o fotógrafo Michael Halsband vestidos de boxeadores, para anunciar sua exposição conjunta na galeria Tony Shafrazi em 1985. Foram duas poses, uma em que ambos mostram suas luvas de boxe, e outra em que Warhol dá um soco e parece nocautear Basquiat. Ambas fazem hoje parte das imagens mais conhecidas dos anos 1980 e foram divulgadas nas décadas seguintes em inúmeras ilustrações e capas de livros.
Reproduzido nesta pagina está o pôster original do soco, com as assinaturas de Warhol e Basquiat. Ainda que cartazes originais com ambas as fotos circulem no mercado de arte e sejam hoje assimilados a obras de arte, exemplares assinados pelos dois artistas são extremamente raros e só se tem noticia da existência de um punhado destes.
A carreira fulgurante do artista americano Jean-Michel Basquiat, morto aos 27 anos, marcou profundamente a cena artística e a vida social dos anos 1980 em Nova York. Desde então sua lenda só tem se consolidado e nos últimos anos seus quadros atingem preços estratosféricos.
Basquiat começou como grafiteiro no final dos anos 1970, mas logo encontrou um estilo próprio que incorporava sua experiência das ruas, mas criava quadros de grande impacto com elementos de arte primitiva e postura expressionista.
Figura tão pouco comum nas altas rodas de Nova York – negro, filho de um haitiano de origem pobre e com ar de adolescente -, Basquiat transformou-se num do grupo de artistas e socialites que se reunia na famosa boate Studio 54. Aos poucos, tornou-se um protegido de Andy Warhol, já na época artista de grande renome e considerado o pai da Pop Art americana.
Warhol estava no auge de sua celebridade nos anos 1980. Sua vida social era intensa e cada passo era acompanhado pela imprensa. Também multiplicara ao infinito os retratos encomendados por milionários. As grandes tiragens de suas inúmeras obras eram vistas então de forma muito negativa pela crítica de arte.
Tudo isso afetara sua imagem de artista importante e Warhol era tido naquele momento mais como uma figura pitoresca e um artista de reputação declinante. O influente crítico Robert Hughes chegou a chamá-lo “o artista mais superestimado de seu tempo”. Poucos teriam apostado que Warhol viria a ser considerado, apenas vinte anos mais tarde, como um dos mais importantes artistas do século XX.
A amizade e eventual colaboração desses dois personagens ? sempre em grande evidência ? é hoje assunto de inúmeros artigos, livros e até mesmo teses universitárias e firma-se como um dos grandes encontros no mundo da arte na segunda metade do século XX.
Nada simbolizou mais a ligação hoje mítica entre Warhol e Basquiat que os cartazes para os quais posaram para o fotógrafo Michael Halsband vestidos de boxeadores, para anunciar sua exposição conjunta na galeria Tony Shafrazi em 1985. Foram duas poses, uma em que ambos mostram suas luvas de boxe, e outra em que Warhol dá um soco e parece nocautear Basquiat. Ambas fazem hoje parte das imagens mais conhecidas dos anos 1980 e foram divulgadas nas décadas seguintes em inúmeras ilustrações e capas de livros.
Reproduzido nesta pagina está o pôster original do soco, com as assinaturas de Warhol e Basquiat. Ainda que cartazes originais com ambas as fotos circulem no mercado de arte e sejam hoje assimilados a obras de arte, exemplares assinados pelos dois artistas são extremamente raros e só se tem noticia da existência de um punhado destes.
Warhol morreu aos 60 anos de uma operação de vesícula mal sucedida, o que contribuiu para aumentar a depressão de Basquiat, viciado havia anos em heroína. Um ano e meio depois, morreu de overdose e congelou sua obra numa aura até hoje incontestada.
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