As razões da ausência de grandes publicações na cobertura do caso Panamá Papers

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A segunda mesa de domingo do “Festival piauí Globonews” teve início com um vídeo apresentando o Panamá Papers, um dos mais clamorosos vazamentos de dados da história do jornalismo. Para falar do assunto, os mediadores Malu Gaspar, da piauí, e Ricardo Gandour, da CBN, receberam Michael Hudson.

04nov2016_18h13

A segunda mesa de domingo do Festival piauí Globonews teve início com um vídeo apresentando o Panamá Papers, um dos mais clamorosos vazamentos de dados da história do jornalismo. Para falar do assunto, os mediadores Malu Gaspar, da piauí, e Ricardo Gandour, da CBN, receberam Michael Hudson. Editor-sênior do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, ele é um dos 400 jornalistas que se debruçaram sobre o volume gigantesco de documentos que revelaram a operação de empresas off shore em pagamentos de propinas e transações financeiras ilegais.

Hudson também falou sobre o processo de seleção dos jornalistas que compartilharam os dados do caso. Menos do que integrar uma grande mídia, importava ser um repórter com experiência em investigação. “Escolhemos nossos parceiros entre pessoas que confiávamos e com quem já tivéssemos trabalhado. Procuramos os melhores jornalistas investigativos”, disse Hudson, acrescentando que a princípio jornais americanos como Wall Street Journal e o New York Times foram reticentes em entender o processo colaborativo da empreitada e não quiseram compartilhar os dados. Mas depois que o projeto se mostrou um sucesso, vários veículos procuraram o ICIJ.

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A sigilosa operação jornalística para desvendar o caso Panamá Papers

A íntegra da conversa

Andrei Scheinkman, do FiveThirtyEight (ou 538) – Estados Unidos

Editor-assistente e diretor de dados e de tecnologia do site FiveThirtyEight, fundado pelo jornalista e estatístico Nate Silver, conhecido por ter acertado o resultado das eleições americanas em 2008, fazendo pesquisa e interpretação de dados. Scheinkman foi contratado em 2013 pelo site para formar uma equipe de visualização de dados usando programação de computador, design e estatística.

Daniela Pinheiro entrevista Carlos Dada

Em outubro, a jornalista Daniela Pinheiro, curadora do Festival piauí de jornalismo, visitou Carlos Dada na Biblioteca Pública de Nova York, de onde o jornalista vem trabalhando. Dada é fundador e diretor do El Faro, o primeiro jornal digital latinoamericano, criado em 1998 em El Salvador. Com baixo orçamento, o site é referência em jornalismo independente e de qualidade. Em 2011, ganhou o Prêmio Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia, por reportagens sobre a América Latina e o Caribe. "Hoje, na America Latina, alguns meios de comunicação estão em crise, o jornalismo não está em crise", avaliou Dada.

Laura Zommer, do Chequeado – Argentina

Jornalista e diretora-executiva do Chequeado, da Argentina. O site se dedica a checar os pronunciamentos de autoridades públicas, empresários e da própria imprensa em seu país. Zommer fez comunicação e direito na Universidade de Buenos Aires (UBA) e é pós-graduada em comunicação política na Universidade Austral.

Daniela Pinheiro entrevista Evan Ratliff

Em outubro, a jornalista Daniela Pinheiro, curadora do Festival piauí de jornalismo, visitou a redação do Atavist, um site que possibilita aos usuários criarem sua própria publicação digital, incluindo texto, vídeo, foto e áudio e adaptá-la para computador, celular ou tablet. Foi recebida pelo fundador e editor Evan Ratliff, que virá ao festival. "Somos uma mistura incomum de uma empresa de software e uma organização jornalística", definiu Ratliff.

Daniela Pinheiro entrevista Pamela McCarthy

Em outubro, a jornalista Daniela Pinheiro, curadora do Festival piauí de jornalismo, visitou a redação da revista The New Yorker. A editora-adjunta Pamela McCarthy, que virá ao festival, apresentou a revista e conversou sobre o futuro do jornalismo.

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