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As razões da ausência de grandes publicações na cobertura do caso Panamá Papers

A segunda mesa de domingo do “Festival piauí Globonews” teve início com um vídeo apresentando o Panamá Papers, um dos mais clamorosos vazamentos de dados da história do jornalismo. Para falar do assunto, os mediadores Malu Gaspar, da piauí, e Ricardo Gandour, da CBN, receberam Michael Hudson.

04nov2016_18h13

A segunda mesa de domingo do Festival piauí Globonews teve início com um vídeo apresentando o Panamá Papers, um dos mais clamorosos vazamentos de dados da história do jornalismo. Para falar do assunto, os mediadores Malu Gaspar, da piauí, e Ricardo Gandour, da CBN, receberam Michael Hudson. Editor-sênior do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ, ele é um dos 400 jornalistas que se debruçaram sobre o volume gigantesco de documentos que revelaram a operação de empresas off shore em pagamentos de propinas e transações financeiras ilegais.

Hudson também falou sobre o processo de seleção dos jornalistas que compartilharam os dados do caso. Menos do que integrar uma grande mídia, importava ser um repórter com experiência em investigação. “Escolhemos nossos parceiros entre pessoas que confiávamos e com quem já tivéssemos trabalhado. Procuramos os melhores jornalistas investigativos”, disse Hudson, acrescentando que a princípio jornais americanos como Wall Street Journal e o New York Times foram reticentes em entender o processo colaborativo da empreitada e não quiseram compartilhar os dados. Mas depois que o projeto se mostrou um sucesso, vários veículos procuraram o ICIJ.

 

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A sigilosa operação jornalística para desvendar o caso Panamá Papers

A íntegra da conversa

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