No ano passado, o Brasil teve 15 doadores efetivos de órgãos a cada milhão de habitantes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Um dos motivos é o alto nível de recusa familiar para doação. Em 2021, 42% dos pacientes que tiveram morte cerebral – e estariam aptos para doarem seus órgãos – tiveram o transplante negado pela família. A falta de informação da população sobre o tema, a insatisfação na assistência hospitalar e a dificuldade de compreensão referente à morte encefálica são algumas das causas para o alto percentual de recusa.
Na Espanha, a taxa de doadores é duas vezes maior, com 40 doadores por milhão de habitantes, segundo a Organización Nacional de Trasplantes de España. O país é referência em doação de órgãos devido à lei de doação presumida (que considera todo cidadão um potencial doador, a não ser que tenha manifestado opinião contrária em vida – e, mesmo assim, os parentes são sempre consultados). Na União Europeia, a taxa é mais próxima a do Brasil, com 18 doadores por milhão de habitantes.
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