Cinema do Brasil em Cannes (II)
Sem argumento para contrapor ao fato só resta recorrer ao jus sperneandi. É o que faz mais uma vez André Sturm, presidente do Programa Cinema do Brasil, reagindo ao post publicado segunda-feira (27/5/2013).
Ao contrário do que ele supõe, as críticas feitas à atuação do Cinema do Brasil em Cannes não são baseadas em “versões”. Resultam de informações transmitidas por fontes confiáveis que testemunharam o vexame.
Sem argumento para contrapor ao fato só resta recorrer ao . É o que faz mais uma vez André Sturm, presidente do Programa Cinema do Brasil, reagindo ao post publicado segunda-feira (27/5/2013).
Ao contrário do que ele supõe, as críticas feitas à atuação do Cinema do Brasil em Cannes não são baseadas em “versões”. Resultam de informações transmitidas por fontes confiáveis que testemunharam o vexame.
A sugestão que teria, respondendo à pergunta de André Sturm, é parar de promover sucessivos eventos que desmoralizam o cinema brasileiro no exterior. Só isso.
Os resultados de 7 anos de trabalho, apresentados por André Sturm, não parecem justificar a existência do Cinema do Brasil. Os números e exemplos que cita são patéticos. Por que ele não divulga o orçamento anual do Programa, desde sua criação, para permitir uma avaliação pública mais precisa dos resultados alcançados?
Sturm nega que o “lounge” tenha sido construído em Cannes “apenas para um evento”. Muito bem. Mas pelo visto custou mesmo 1 milhão de reais pois ele não desmente essa informação nem as demais que foram publicadas.
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Transcrevemos abaixo, na íntegra, o texto enviado por André Sturm, presidente do Cinema do Brasil:
Faz parte de ter a iniciativa de atuar pelo coletivo enfrentar insatisfações. Críticas são sempre bem-vindas. O que causa espanto é a atitude beligerante e destrutiva. Uma vez ouvi do saudoso Gustavo Dahl uma frase muito adequada ao momento: “E o cinema brasileiro, mais uma vez, oferece ao público o espetáculo de sua própria autofagia”. Ler um texto como esse de alguém que lá não esteve, portanto estimulado por versões, provoca surpresa. E por que tamanha vontade de destruir? De passar um trator e desqualificar totalmente o trabalho do Programa Cinema do Brasil? A que interesse isso serve? Teria Eduardo Escorel o desejo de retomar sua atuação na área? Por que tanta irritação? Tem alguma sugestão? Porque o artigo é uma sucessão de provocações e desqualificação linear e total de um trabalho que vem sendo desenvolvido há 7 anos com muitos resultados. Aqui alguns fatos e números:
– Participação em Festivais: apenas em 2011 e 2012 tivemos 31 filmes brasileiros selecionados nos Festivais de Cannes, Berlim, Roterdam, San Sebastian, Sundance…;
– O número de coproduções internacionais brasileiras nos últimos 5 anos é maior do que nos 30 anos anteriores (dado da Ancine);
– No Programa de Apoio à Distribuição Internacional recebemos, em 2011, 18 pedidos de apoio e em 2012, 35. Ou seja são pelo menos 35 lançamentos de filmes brasileiros em outros países, entre eles França, Alemanha e Espanha. É um número crescente. No último Festival de Cannes recebemos a visita de grande número de distribuidores querendo saber dos filmes e de como poderiam se beneficiar do apoio. O cinema brasileiro circula.
São alguns exemplos de que o cinema brasileiro tem qualidade e interesse crescente. Isso é resultado da qualidade do trabalho dos produtores e cineastas brasileiros, e do trabalho continuado do Programa Cinema do Brasil que cria um ambiente para que negócios surjam.
Além de participações em Festivais com estandes e realizando encontros de coprodução, o Cinema do Brasil também apoia produtores que tenham efetiva possibilidade de realizar negócios. Ano passado, por exemplo, o Programa investiu US$ 30 mil dólares na campanha do Oscar do filme O Palhaço, produzido por Vania Catani.
Por fim não foi feito um lounge apenas para um evento. Foram atividades e um espaço para encontros todos os dias. Diariamente produtores, distribuidores, agentes de vendas, curadores de festivais e os mais diversos agentes do mercado mundial passavam pelo espaço e os brasileiros tinham a oportunidade de encontrá-los num ambiente mais descontraído. Até mesmo o Secretário de Cultura do Rio, Sergio Sá Leitão, que no começo declarou que não iria, esteve por lá aproveitando as oportunidades para contatos.
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