Maria Cecilia Marra
Desenhista, é diretora de arte da piauí
histórias publicadas
Lasagna Vegetariana (para 4 pessoas)
Esta lasagna pode ser feita com as verduras e legumes que preferir e na quantidade que preferir (quanto mais recheada, melhor), o único cuidado é o tempo de cozimento de cada ingrediente para evitar que as cenouras (por exemplo) fiquem duras e as abobrinhas moles demais. Fizemos um refratário enorme para o almoço e sumiu em pouco tempo. Podemos atestar que o prato não é pesadão porque a redação trabalhou normalmente durante toda a tarde, ninguém escapou para um cochilo. Ignorem o enunciado enorme desta receita e não desanimem: o prato é muito fácil de fazer e fica vistosíssimo.
Cinnamon Rolls da Mel
Conseguimos fazer Cinnamon Rolls para o lanche e ficaram muito bons! Tudo começou quando a Mel experimentou um Rugelach e comentou que o sabor lembrava muito o desse pãozinho doce em forma de caracol e encharcado de glacê. Mel viveu nos Estados Unidos e cinnamon roll é um sabor familiar para ela. Resolvemos fazer uma surpresa e fomos garimpar uma receita online. Assistimos a alguns vídeos de cozinheiras preparando o pão e elegemos uma delas: a moça tem um timbre de voz ardido que quase nos fez desisitir, mas superado o obstáculo sonoro concluímos que ela é uma cozinheira prática e muito competente.
Moqueca de peixe da Cristiana Rosa
Cris foi o lindo presente de Natal da redação no ano passado, importada da Bahia especialmente para fazer esta moqueca divina para nós, além de um pudim maravilhoso e pão de mel. Arrasou, claro. Quase um ano depois e já morrendo de saudades do sabor, repetimos a moqueca. Ficou muito gostosa mas para falar a verdade, a mão e a simpatia dela fizeram muita falta – enfim, claramente o nosso é um caso de falsa baiana tentando fazer moqueca. Vale a pena fazer em casa, porque não requer prática e nem habilidade: quem sabe fazer uma saladinha, sabe fazer esta moqueca.
Pudim de Claras levíssimo
Estamos devendo esta receita desde o fechamento passado, perdão. É realmente um escândalo, especialmente porque a receita é muito boa, muito fácil e o pudim impressiona, de tão lindo. O pudim de Claras é também a sobremesa perfeita para acompanhar gnocchi à romana, que leva apenas as gemas. Como já iniciamos o ciclo de almoços deste fechamento, vamos saldar a nossa dívida já e a partir de amanhã inauguramos a edição 76 dos almoços da Cozinha Transcendental . Começamos bem, com uma moqueca que aprendemos com a Cris, no ano passado. Aguardem.
O momento exige uma palha italiana
Conforme prometido, aqui vai a receita da Palha Italiana executada pela Raquel e que fechou com chave de ouro o nosso arroz e feijão da terça feira. Foi um delírio, ninguém conseguiu resistir aos tabletinhos de brigadeiro cobertos com farofa de amendoim. A receita é rápida e muito fácil de fazer, o único problema é que é um atentado contra a balança.
Arroz, feijão, farofa de ovo e carne moída com chuchu
E o inevitável aconteceu: nossa determinação vegetariana durou menos do que o prometido. Nosso repórter mais esforçado teve um compromisso na hora do almoço e – pá – esquecemos a solidariedade e nos jogamos num autêntico peéfão caseiro composto de arroz com feijão jalo (importado de São Paulo) temperadinho com toucinho, farofa de ovo e muita carne moída refogada com chuchu.
Pesto com vagem e batata (à genovesa) da Jussara
Conforme prometido, hoje e amanhã seremos vegetarianos e as receitas vão aparecer aqui. Hoje almoçamos um pesto à genovesa e de cara já vamos avisando aos ortodoxos que como não achamos a massa bavette (é o spaguette quadradinho), comemos com a massa que tínhamos no armário, o radiatori. Ficou bom, mas não é o ideal. O pesto com bavette fica muito melhor, mas o pessoal aqui da redação é generoso e entusiasmado e achou tudo ótimo.
???????????? (Stroganoff de carne)
Comovido e profundamente impressionado pelo sofrimento relatado em "Pense na Lagosta", de David Foster Wallace, publicado na edição 72, um de nossos repórteres mais esforçados decidiu entrar para vegetariano. Como ele não viria nesta sexta feira, a redação escolheu stroganoff de carne para o almoço e na semana que vem seremos solidários vegetarianos por tabela, portanto aguardem receitas sem qualquer tipo de carne. É importante deixar claro que todos aqui somos contra o sofrimento dos animais e a favor do abate humanitário (que nos parece um paradoxo, mas em todo o caso, é melhor do que o que há), só que ainda não conseguimos ainda a disciplina necessária para aplicar a causa ao paladar. Vamos ao stroganoff da piauí, porque é muito bom para fazer durante o final de semana para receber:
Massa com molho de cogumelos secos e frescos
Esta receita foi feita no fechamento da edição 74, mas como hoje almoçamos um arroz de forno, e este é um molho constante nos almoços de fechamento e que agrada bastante ao pessoal, está na hora de aparecer aqui. Procuramos ter sempre uma quantidade de cogumelos secos italianos no nosso acervo de ingredientes, porque duram muito e quebram o maior galhão quando esquecemos de planejar o almoço. Para esticar o estoque de funghi secchi, costumamos misturar cogumelos paris (ou champignons, frescos), porque esses cogumelos são camaleões culinários, verdadeiras esponjas do sabor dos ingredientes mais fortes.
Cocadinhas da Dona Vala ou Bom-bocados da Clarice
Conforme contamos, a visita de Clarice rendeu além de muita alegria, estes bom-bocados que ela preparou enquanto organizava os ingredientes para o bolo de sementes de papoula. É uma receita ótima para ter na manga e usar nas situações que melhoram com uma exibição de dotes culinários. Os bom-bocados ficam prontos num instante – é quase mais rápido do que preparar o pão de queijo da Iara, que por sinal, é tia da Clarice. É uma família de artistas de forno e do fogão... aliás, pela cultura culinária que disseminou, dona Dona Vala merece uma estátua em praça pública, mas como não temos praça, ela entra para o panteão dos Grandes Vultos da Cozinha Transcendental. Aos bom-bocados.