Pedro Corrêa do Lago
Pedro Corrêa do Lago é mestre em economia pela PUC - Rio. Foi autor do blog questões manuscritas no site da piauí
histórias publicadas
Um natal de John Lennon
Introduzido em meados do século XIX, o cartão de boas festas, (que logo reuniu os votos de “feliz natal” aos de “próspero ano novo”), tomou rapidamente a forma de pequenos papelões ilustrados, de variedade infinita e popularidade universal. Até mesmo pessoas de quem não se esperaria grande respeito a convenções, como o jovem Beatle John Lennon, costumavam mandar mensagens de natal para os amigos.
Recomendando Truman Capote
O documento de 1965, reproduzido nesta página, data da época em que Capote, aos 41 anos, terminava A Sangue Frio. É especialmente curioso, pois provém do arquivo de um dos principais agentes imobiliários de Nova York, Douglas Elliman. Trata-se da proposta de Capote para a compra de um apartamento na Praça das Nações Unidas, região valorizada de Nova York, pelo preço de cinquenta mil dólares.
Cecília Meireles a cores
A grande poeta brasileira Cecília Meireles foi casada por 13 anos com o pintor português Fernando Correia Dias. A imagem desta página é um lindo trabalho conjunto do casal para o álbum de uma amiga. Esta obra, reminiscente das iluminuras medievais, é talvez a mais bela página de álbum realizada a quatro mãos no Brasil por um poeta e um artista da primeira metade do século XX.
Mulheres de Bukowski
Nos vinte e um anos que se passaram desde sua morte, a reputação do escritor americano Charles Bukowski só fez crescer. Era já extensa em 1994, quando morreu, aos 73 anos e muito antes a força de sua poesia havia sido exaltada por ninguém menos que Jean Paul Sartre e outros exigentes leitores em todo mundo.
Sartre recusa o Nobel
O filósofo e romancista francês Jean Paul Sartre surpreendeu o mundo em 1964 ao recusar a mais alta distinção literária criada no século XX, o Prêmio Nobel de Literatura. A rejeição ao prêmio não era inédita. O escritor russo Boris Pasternak havia sido forçado pelo Governo Soviético a recusar seu prêmio em 1958, obviamente contra sua própria vontade.
Neruda, Amado e Prestes
A casa de Hemingway em Cuba
Nos últimos anos de sua vida, já consagrado após ter recebido o prêmio Nobel de literatura em 1954, o americano Ernest Hemingway viveu sobretudo na casa que comprara em Cuba em 1939 e que batizara de Finca Vigia. Hemingway adorava a cidade de Havana, vizinha de sua propriedade, mas a Cuba que conheceu melhor foi a dos ditadores que se sucederam até a Revolução Cubana, especialmente o último, Fulgêncio Batista, que presidiu o país de 1952 a 1959.
Hemingway teve simpatia por Fidel Castro e seus companheiros. Acreditou nas perspectivas idealistas que se abriam para o país que amava, mas não chegou a conviver com o novo regime, pois suicidou-se nos Estados Unidos em 1961, quando Cuba era dominada por Castro havia menos de dois anos. Há fotos suas com Fidel, cartas e declarações nas quais deseja “boa sorte” à Revolução Cubana, mas nada muito explicito além disso.
Um Dalton Trevisan inédito
No dia 14 de junho de 2015, Dalton Trevisan completa 90 anos. Notoriamente avesso a qualquer exposição publica, passará esse dia como todos os outros: no mais completo anonimato, preservado da curiosidade de seus leitores e na presença apenas de sua família e de alguns amigos muito próximos.
Um Travesti Pioneiro
No começo do século XX, quando a homossexualidade era ainda crime em quase todos os países e a imensa maioria das pessoas nunca ouvira falar em transexuais, um jovem romeno fazia sucesso vestido de mulher ao cantar com voz de soprano em palcos de toda a Europa.
Desenho de Huguito Chávez quando jovem
O desenho infantil reproduzido nesta página ganhou na escola uma nota máxima (20 sobre 20) com felicitações da professora para o aluno Huguito, de 6 anos de idade. Ao lado do desenho, o orgulhoso pai da talentosa criança não resistiu a comentá-lo, como se o menino pudesse entender plenamente seu vocabulário e suas obsessões de adulto.