Pedro Corrêa do Lago
Pedro Corrêa do Lago é mestre em economia pela PUC - Rio. Foi autor do blog questões manuscritas no site da piauí
histórias publicadas
Meu querido papai
A princesa Isabel foi uma das correspondentes mais prolíficas do Império. Parece ter gostado muito de escrever cartas e trocava constantemente mensagens breves com suas amigas mais próximas. Era também obrigada, devido à sua posição, a mandar cartas e bilhetes para agradecer as inúmeras gentilezas que recebia, para confirmar convites, solicitar pequenos favores e mandar recados. Por outro lado, a princesa precisava redigir mensalmente dezenas de cartas de felicitações e pêsames.
D. Pedro II quer "vencer nas eleições"
Pedro II teve um reinado extremamente longo. Tornou-se Imperador aos cinco anos de idade, com a abdicação de seu pai, em 1831, e reinou até a sua deposição pela República, 58 anos mais tarde. Só assumiu o poder de fato em 1841 com a proclamação de sua maioridade, aos 14 anos, e a partir desse momento assinou um número imenso de documentos.
O descanso do ilustrador
Eric Gill, morto em 1940, foi sem dúvida o tipógrafo mais famoso e um dos melhores ilustradores britânicos da primeira metade do século XX.
O Rolls do Royce
A Rolls-Royce consegue há mais de um século o feito de manter-se como a marca mais prestigiosa de automóveis de luxo. Um de seus fundadores, Charles Rolls, fez muita coisa em sua curta vida de 32 anos. Aristocrata, filho de barão, seguiu o percurso clássico da elite inglesa estudando no colégio de Eton e depois na Universidade de Cambridge. Mas o que lhe interessava mais era a mecânica e, com 18 anos, em 1896, comprou em Paris um dos primeiros carros Peugeot e o levou à Inglaterra, numa época em que havia apenas três automóveis no País de Gales.
O esboço do Pequeno Príncipe
Em 1942, Antoine de Saint-Exupéry é um homem cansado. O aristocrata e piloto francês tem apenas 42 anos, mas sente-se gasto e desanimado. Auto-exilado nos Estados Unidos, tem um casamento difícil com uma salvadorenha temperamental, um passado heroico de voos pioneiros e uma carreira literária de sucesso. Carrega também um profundo desalento com a derrota francesa face à Alemanha dois anos mais cedo.
É nesse contexto que escreve o livro que o tornou universalmente célebre: O Pequeno Príncipe. Antes livro de cabeceira de nove entre dez “misses” e hoje respeitado como talvez o mais famoso livro “infantil” da primeira metade do século XX.
Uma família de poder
A imagem reproduzida nesta página não é uma foto de família, apesar de representar quatro gerações de uma mesma família. Não foi feita para ser vista apenas por seus membros mas por um público amplo e não serviu para lembrar uma reunião de parentes, mas para passar uma clara mensagem política: a perenidade da dinastia reinante sobre a Inglaterra, então a nação mais poderosa do mundo. Tirada em 1899, às vésperas do novo século que prenunciava uma nova era, mostra a Rainha Vitória, então muito mais soberana do mundo que simplesmente rainha da Inglaterra, cujo reinado completara 62 anos, cercada por seu filho e herdeiro, o futuro Edward VII, seu neto, o futuro George V e seu bisneto, o futuro Edward VIII, cujo reinado, por oposição à sua bisavó, bateria o recorde de brevidade (apenas dez meses em 1936).
Um conto visual de Andersen
O dinamarquês Hans Christian Andersen é mais lembrado hoje que a maioria dos escritores do século XIX, graças a seus famosos contos infantis, que já lhe haviam trazido imensa fama em vida.
Os contos de Andersen são parte importante da imaginação do mundo ocidental: O patinho feio, A vendedora de fósforos, O pequeno polegar, A roupa nova do rei, O soldadinho de chumbo, A pequena sereia e tantos outros.
To be or not to be Sarah Bernhardt
Ninguém vivo a viu atuar. Seus poucos filmes dão apenas a pálida idéia de um declamar enfático de alguns minutos, mas poucos de seus contemporâneos discordavam de que Sarah Bernhardt fosse a melhor atriz do final do século XIX e do início do século passado. Filha de pai desconhecido ?judia, numa França em grande parte anti-semita? Sarah deveu seus primeiros sucessos a uma beleza exótica e a uma enorme cabeleira cacheada cuja exuberância é ressaltada pelo célebre fotógrafo Nadar, em seus primeiros retratos da aspirante a atriz. A adulação frenética a partir da década de 1870 e as muitas turnês internacionais fizeram de Sarah uma das maiores celebridades mundiais por mais de 50 anos, e valeram-lhe o rótulo de “ maior atriz de todos os tempos”.
O último amor de Kafka
A dor de barriga de Pasteur
Algumas figuras que passaram para a história como especialmente sérias, austeras (e até mesmo sisudas) são capazes às vezes de mensagens surpreendentes. É o caso da carta reproduzida nesta página, escrita e assinada por aquele que é talvez mais famoso médico do século XIX, o francês Louis Pasteur. Descobridor da cura da raiva, foi responsável por muitos dos avanços mais notáveis na medicina de seu tempo.