Crescer no Brasil – sexto episódio de Desiguais
O episódio encerra a série em áudio apresentada pela jornalista Carol Pires
A desigualdade social vem de berço e pode delimitar a vida e morte de um brasileiro. Estudos mostram que filhos de pais desempregados têm mais chances de sofrer subnutrição infantil e que a escolaridade materna é um indicador das condições ambientais e sociais que afetam o peso do bebê ao nascer; uma ligação direta entre alimentação e desempenho escolar. Sem uma boa nutrição, as chances de emprego na vida adulta são muito piores.
Segundo Benilda Brito, consultora da ONU Mulher, ativista pela educação e cofundadora do coletivo de mulheres negras de Belo Horizonte, “quando se nasce preto e mulher, é como se o destino já estivesse traçado pro resto da vida. Que a gente não vai dar em nada, e a gente acredita nisso”.
Para Brito, a falta de crença, de aposta, de perspectiva de quem nasce preto, pobre e na periferia é uma das consequências cruéis do racismo.
E se quando se falamos em infância ou em crescer no Brasil, os dados mostram a ciclicidade da desigualdade e como é preciso mexer na estrutura que sustenta o racismo e a desigualdade usando a Educação. Para a engenheira de pesca Ananda Marieta, a universidade foi o local que escancarou as distinções raciais. Ao mesmo tempo, foi lá que ela percebeu que poderia ser um instrumento de mudança social, ajudando as pessoas a encontrarem o próprio lugar de fala e de pertencimento.
No último episódio de “Desiguais”, somos convidados a reforçar a necessidade de uma educação inclusiva e a entender que todos precisamos fazer o que está ao nosso alcance para desconstruir as estruturas opressoras e construir um futuro mais justo.
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