O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, durante a Marcha Para Jesus, evento realizado no Rio de Janeiro Foto: Mauro Pimentel/AFP
Campanha acirrou tensão entre política e fé
Candidatos batalharam pelo voto evangélico, e candidato que se disse “padre” tumultuou debates
A religião foi um dos temas centrais da eleição. A tensão entre política e fé escalou durante a campanha, ao ponto de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) agredirem pessoas vestidas de vermelho e jornalistas no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, no feriado da Santa Padroeira do Brasil.
Enquanto isso, o petista Renato Freitas, vereador negro de Curitiba que fez política dentro da igreja, foi cassado pela Câmara Municipal, e a reportagem de Felippe Aníbal narrou a verdadeira história dessa cassação. A colunista Flavia Rios analisou como o caso se transformou num tribunal racial.
A cientista política e pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião Ana Carolina Evangelista destrinchou as nuances do voto evangélico, que hoje representa 27% do eleitorado, segundo o Datafolha. Em outro artigo, ela argumentou que, enquanto os brasileiros desse segmento religioso forem vistos como “outro Brasil”, será impossível compreender as eleições brasileiras.
Uma reportagem de Consuelo Dieguez mostrou que, se o bolsonarista Tarcísio de Freitas for eleito governador de São Paulo, a Igreja Universal terá papel central no comando do estado mais rico do país. A repórter também revelou como Kelmon da Silva Souza (PTB), candidato à Presidência que se apresentava como “padre Kelmon”, foi treinado por Roberto Jefferson para dar suporte a Bolsonaro e desestabilizar Lula no debate da Globo.
O repórter João Batista Jr. jogou luz sobre portais e redes sociais evangélicos que, com milhões de seguidores, fizeram campanha aberta para Jair Bolsonaro. Já Tiago Coelho foi à Baixada Fluminense para entender como alguns pastores evangélicos tentam conciliar a religião com a pauta progressista.
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