Ilustração: Carvall
Denúncias de assédio eleitoral cresceram 879% este ano em relação a 2018
Oferecer vantagem ou ameaçar trabalhadores em troca de voto é crime eleitoral
O segundo turno da corrida eleitoral para presidente foi marcado pela escalada do assédio eleitoral, caracterizado quando empregadores tentam influenciar o voto de empregados ou fornecedores. Até sexta-feira (28), foram registradas 2.076 denúncias de assédio eleitoral em 1.618 empresas, de acordo com o Ministério Público do Trabalho. Isso representa um aumento de 879% em relação a 2018. A Região Sudeste registrou o maior número de denúncias, totalizando 844. Reportagem da piauí mostrou que, em todo o país, empresários chantagearam fornecedores e trabalhadores com a redução de gastos e empregos caso Lula vença o pleito. Os casos se repetiram ao longo de todo o segundo turno.
Um dos casos de assédio eleitoral ocorreu na transportadora Transben, sediada na cidade catarinense de Brusque. Em vídeo que circula nas redes sociais, o dono da empresa Adriano Benvenutti pede explicitamente para seus funcionários votarem em Jair Bolsonaro. Ele diz que, se o candidato petista vencer, o Brasil entrará em crise econômica. Para evitar a vitória de Lula, o empresário, que é também cunhado de Luciano Hang, montou um esquema para seus caminhoneiros terem acesso à urna no segundo turno. Mas apenas os que votarem em Bolsonaro.
Leia as reportagens da piauí aqui e aqui.