Ensaio fotográfico retrata cemitério de navios em Bangladesh
Velhos cargueiros europeus e asiáticos se espalham por 20 km de praia na cidade de Chittagong
Desde 1965, a cidade de Chittagong – polo industrial de Bangladesh que se dedica principalmente à refinação de petróleo – abriga um imenso cemitério de navios. Cargueiros obsoletos da Ásia e da Europa aportam todos os anos nos estaleiros da região, que se espalham por 20 km de praia e funcionam como ferros-velhos. Milhares de operários encarregam-se de desmontar as embarcações para que as chamadas “sucatas marítimas” sejam vendidas. A atividade figura entre as mais perigosas do mundo, conforme a Organização Internacional do Trabalho, já que os navios contêm grande quantidade de mercúrio, chumbo, amianto e outros elementos tóxicos. As substâncias podem contaminar tanto os operários quanto o solo e as águas costeiras. Os riscos diminuiriam se os estaleiros – não raro clandestinos – e as autoridades respeitassem certas normas de segurança laboral, reciclagem e proteção ambiental, o que nem sempre acontece.
Em outubro, o fotógrafo baiano Christian Cravo visitou a cidade bengalesa e voltou de lá com um portfólio sobre o cemitério de navios. A edição da piauí deste mês publica parte do ensaio.
Assinantes da revista podem ver as imagens neste link.
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