A violência no Brasil é pauta dos dois primeiros blocos do Foro de Teresina: no primeiro, o assunto são as estatísticas tenebrosas reveladas pelo Atlas da Violência 2018; no segundo, a recente escalada do crime organizado nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais e a ineficácia de políticas de segurança pública. O terceiro bloco debate, por fim, a corrida pelas alianças partidárias a poucos meses da eleição presidencial.
Bloco 1 – A violência epidêmica
O Atlas da Violência 2018 revelou dados alarmantes sobre o Brasil: em 2016, o país superou, pela primeira vez em sua história, a marca de 60 mil homicídios em um ano. A violência, que se alastra pelo Norte e Nordeste, está provavelmente relacionada à expansão do crime organizado e ao aumento do tráfico de drogas nas duas regiões.
Desde 1979, o Brasil vem registrando uma linha ascendente na taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes. A única retração ocorreu no início dos anos 2000, em decorrência da aprovação do Estatuto do Desarmamento. Para acessar o gráfico, clique aqui.
Bloco 2 – Crime organizado, Estado desorganizado
Em apenas uma semana, facções criminosas protagonizaram cenas chocantes de violência no país: um tiroteio deixou sete mortos em um dos cartões postais do Rio de Janeiro, enquanto, em Minas Gerais, mais de 60 ônibus foram incendiados em dezenas de cidades – ao que tudo indica, a mando do PCC. Em ritmo de expansão, o crime organizado assume, cada vez mais, a condição de um poder paralelo, que cresce no vácuo de políticas estratégicas de segurança pública.
Bloco 3 – Caça aos aliados
Os meses de junho e julho serão decisivos para a definição da corrida presidencial no Brasil. Enquanto Ciro Gomes avança nas negociações por uma aliança com o PSB, Geraldo Alckmin busca consolidar o apoio do DEM e do PP a sua candidatura. Isolado, o PT cogita integrar Josué Gomes à chapa de Lula. O filho do ex-vice-presidente da República José de Alencar pode se tornar candidato quando Lula for impedido de concorrer. A manobra encontra grande resistência no próprio PT.
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Ficha técnica:
Apresentação: Fernando de Barros e Silva, José Roberto de Toledo e Malu Gaspar
Direção: Paula Scarpin
Produção: Luiza Miguez e Luigi Mazza
Edição: Filipe Di Castro
Finalização e mixagem: João Jabace
Música tema: Wânya Sales e Beto Boreno
Identidade visual: João Brizzi
Ilustração: Paula Cardoso
Distribuição: Kellen Moraes, Luigi Mazza e Yasmin Santos
Gravado no estúdio da Rádio Batuta, no Instituto Moreira Salles