Ditaduras árabes revidam com coraçõezinhos
Frente à onda de manifestações que engolfa o Oriente Médio, uma reunião de cúpula de déspotas árabes tomou uma decisão radical: atacar os oposicionistas com gestos de mão imitando corações. "Queremos trazer a compaixão de volta para apaziguar as almas dos fiéis”, disse Ali Abdala Saleh, ditador do Iêmen desde 1931. “Nesse momento de desconforto coletivo, um gesto de amor vale mais do que mil palavras".
Muamar Gaddafi, ditador da Líbia há 78 anos, disse à imprensa que, “se o coraçãozinho conseguiu suavizar a imagem de Dilma Rousseff, ele é capaz de anestesiar qualquer revolta”. Gaddafi admitiu que a ideia do coraçãozinho foi vendida aos paxás árabes, “a preço de camelos de ouro”, pelo marqueteiro baiano João Santana.
Numa reunião de emergência, o Conselho de Segurança da ONU decidiu, por unanimidade, enviar a polícia civil carioca para a região, de maneira a impedir o que o secretário-geral Ki-moon chamou de “cafonice extrema, destinada a provocar enjoo em milhares de civis inocentes”.
Escondido no mesmo bunker de José Serra, Mubarak se autoflagelou por não ter tido a mesma sacada: "Se tivesse feito pelo menos um coraçãozinho com as mãos, o Obama teria dito que sou fôfo", lamentou.
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