Dilma topa fazer delação premiada, mas PF não compreende seu depoimento
SUCUPIRA – Assustada com a prisão de José Dirceu, a presidente Dilma Rousseff procurou o juiz Sérgio Moro e se ofereceu para colaborar com a Operação Lava Jato. "Tenho o ouvido aberto e o coração para uma delação, porque tem de ter o ouvido aberto enquanto razão, e o coração enquanto emoção e sentimento", explicou, em juízo, a mandatária. Em seguida, revelou tudo o que sabe sobre o Mensalão, o Petrolão e a Reeleição. Ao ser questionada se o seu depoimento atinge o ex-presidente Lula, Dilma foi enfática. "Nós não vamos colocar uma meta. Vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, vamos dobrar a meta."
Apesar de ter mobilizado toda a equipe de paleolinguistas, criptógrafos e filólogos da corporação, a Polícia Federal reconheceu sua incapacidade para decodificar a delação premiada da mandatária. "Tentamos de tudo para quebrar um possível código usado pela presidente: usamos a língua do ‘p’, estudamos as regras gramaticais do idioma búlgaro e de outras línguas eslavas meridionais, além de fazer experimentos com sinais de fumaça. Tudo em vão", explicou, exausto, o juiz Sérgio Moro.
No fim da tarde, o STF cravou a pena de José Dirceu: "O meliante fica condenado a permanecer no PT por 20 anos", proferiu Gilmar Mendes. A pena foi considerada exemplar pela OAB e pela comunidade internacional.
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