"Ele só tem olhos pra Cloroquina", reclamou a vacina americana
“Você precisa se valorizar”, diz Covaxin a Pfizer
FIAT ELBA – “Cinquenta e sete emails pro crush e nenhuma resposta não rola, amiga”, disse a vacina Covaxin para sua colega Pfizer, em conversa captada na sala de espera da CPI da Covid-19. “Se olha no espelho, gata, você tá com tudo, não precisa fazer esse papelão”, continuou a vacina indiana. “É ele que tem que vir atrás de você. E quando ele vier, se faz de difícil, mesmo que você queira. Aí ele vai fazer de tudo pra te agradar.”
Covaxin se referia à suspeita, identificada pela procuradora da República Luciana Loureiro, de que ela tenha sido vendida ao governo Bolsonaro com superfaturamento. “Tava todo mundo dizendo que ser vacina no Brasil é uma coisa perigosa, que você pode ser agredida na rua ou no Palácio do Planalto, então eu falei que só viria se me sentisse protegida e valorizada”, explicou. O apelo teve efeito: o governo pagou 15 dólares por cada dose da Covaxin – 1000% a mais do que o preço anunciado pela empresa na fábrica (e 50% mais caro do que cada dose da Pfizer, que saiu a 10 dólares).
Empolgada, a Covaxin já pensa em lançar um livro de autoajuda, além de se jogar na carreira de coach para vacinas com problema de autoestima. “As vacinas precisam entender que por trás de todo déspota fascista imbecil que posa de negacionista e anda sem máscara no fundo mora só um homem frágil querendo se reeleger por medo de perder a imunidade penal.”
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